27 dezembro, 2010

Pé na estrada

Mais um ano se finda, e mais uma vez sairemos de férias com a tropa toda.

Como de costume preparamos roteiros que sejam o mais aproveitável possível, pensamos na praia para as crianças e na montanha para nós. Não que a molecada desgoste da montanha pelo contrário, mas a preferência geral é mesmo pela combinação de areia mar e sol, por isso vamos primeiro para a praia depois para a montanha.

Resumindo, correria garantida, sem muito tempo para descansar o corpo, e com tempo de sobra para gastar os ossos. Como sempre digo: fisicamente descanso no escritório mesmo, passo o dia todo com a bunda na cadeira, não há como cansar, logo nas férias procuro o oposto.

Bem o roteiro está definido, serão; 5 dias no parque aquático do SESC em Aracruz-ES (pertim-pertim de casa, uns 1200 KM de chão que vamos fazer de uma vez); 5 dias na serra do Cipó onde além de escalar vamos levar as crianças no parque, conhecer cachoeiras e passeios à cavalo. Como disse, só é bom se todos aproveitam, e acredito que assim será.

Como aquecimento para as férias, vamos passar a virada do ano em São Bento, devo conseguir uns dias de “graça” do trabalho e com isso devo partir já nessa quarta feira (29/12) de noite para lá.

Como de costume postaremos as fotos e o resumo das férias em famílias,

Bom fim de ano para todos e muitas escaladas no próximo

Braços

Renato

29 novembro, 2010

Conhecendo os Boulders de Valinhos...finalmente

Apesar de ser morador de Valinhos desde sempre (com exceção a um breve período), eu nunca havia me aventurado pelos blocos da região, basicamente porque não sou exatamente um fã de boulder, além do que, as pedras da região são na maioria verdadeiros raladores de carne – humana.

Bem, para mudar um pouco esse paradgina e aproveitar o fato de estar a 15 minutos de alguns desses picos, resolvi conhecer um dos locais freqüentados.
Peguei umas dicas com o André Funari (http://funariclimb.blogspot.com) e com o Lukinha, ambos conhecedores dos locais.

Fomos conhecer os boulders da Lagoinha. Os blocos ficam dentro de um pesqueiro, (Quero-Quero), cujo o proprietário é bastante simpático à pratica da escalada, ele mesmo passou umas dicas de como chegar aos blocos, que na verdade ficam bem a mostra, basta escolher.

O sol estava a pino, apesar de termos chego depois das 15:00, sofremos bastante por conta do calor e da falta de sombra. O Lukinha havia passado algumas indicações de como chegar à um local mais agradável, mas havia esquecido de anotar, e claro, fui parar no local "errado".

Encontramos alguns blocos que pareciam interessantes, porém nem todos proporcionam uma segurança básica e a maioria nos deixariam torrando ao sol, assim foram descartados.

Um bloco em particular me chamou a atenção, consistia em uma fenda vertical de uns 6 metros, seguido por um bloco no topo totalizando uns 7 ou 8 metros, e ao aproximar, vimos que seria ali mesmo. Gostei da cara desse ai


Bonito não ?

Porém ao analisar o bloco mais atentamente, percebi que não havia sinal de que algum escalador tivesse passador por ali, não havia marcas de magnésio alguma, havia ainda uns pedaços de rocha soltas e em alguns pontos estava bastante esfarelento, prova de que seria um FA, o que me deixou meio receoso de sair subindo assim de boa sem saber o que poderia ser lá em cima....derrepetne um pedaço de rocha solta, ou mais trechos esfarelentos (o que de fato encontrei bem no alto)

Protegendo a fenda na saida, essa peça ainda está lá


Como seguro morreu de velho, e não estava a fim de colocar o meu na reta assim de graça, resolvi pegar no carro umas peças móveis e uma corda (antiga) propositalmente trazidos com essa finalidade
.
A idéia seria subir no esquema, protege-sobe(na proteção)-protege para poder ter uma idéia da encrenca e montar um top-rope em móvel. O que se mostrou útil, pois não havia forma de descer do bloco sem uma corda mesmo.

Depois de montar o top com os móveis, fiquei malhando os movimentos por um tempo, e resolvi e linkei quase todos, empaquei na saída, que é bem dura (é crux mesmo). Tentei mais algumas vezes a saída, mas depois de abrir um buraco no dedo, tive de parar, seria demasiado desastroso continuar.

Detalhe para o Nut entalado.

Já topo da pedra, desmontei o top e desci de baldinho pelo outro lado do bloco, ralando a corda diretamente na pedra mesmo (por isso usei uma bem velha)
Infelizmente (ou felizmente) uma das peças que utilizei não saiu da fenda por nada, apesar de toda a pancada que dei nela, ficou lá, aguardando um saca nut para ser resgatada.
Agora tenho dois projetos lá, resgatar a peça e linkar todos movimentos.
É isso ai
Braços

12 novembro, 2010

Conhecendo Curitiba

Pois é, meu filho mais velho está agora na pilha dos vestibulares, vai se findando uma mais fase da vida, com o término do ensino médio, e é chegada a hora de encarar a faculdade e finalmente começar o desmame.

E o que isso tem a ver com escalada. Nada, mas....

Como a molecada de hoje é criada dentro de casa a base de Internet, TV a cabo e geladeira cheia, quando têm de sair para o mundo bate o desespero, nessas horas alguns sortudos,como ele, recorrem ao pai nesse caso eu.

Mas o que tem a ver é que entre as opções de faculdade que ele escolheu, (meio pressionado é claro, pois por ele, ele passava o dia a vagabundear em casa por muitos anos a fio) está a Faculdade de Música e Belas Artes do Paraná, a EMBAP que fica na capital Paranaense, bem perto da loja/academia Campo Base que aproveitei para conhecer.



Visão Geral da academia, eu prestes a gastar os dedos

Que lugar bacana. Como carecemos de locais assim em São Paulo. Detalhe com preços decentes, e estrutura fantástica, lugar nota 10.

Eu na escaladinha


Descendo....

Até cogitei a possibilidade de ficar por lá no final de semana e conhecer os picos locais, que são muitos e bem pertos, mas surgiu a oportunidade de ir para o Cipó curtir o feriadinho de agora do dia 15, então fica para próxima. Quem sabe ele indo estudar por lá a gente não comece freqüentar mais a região Certamente valerá a pena.

Visão geral da Campo Base


É isso ai

Braços

07 novembro, 2010

Três Corações e São Tomé



Nesse último feriado, à convite de uma amiga para a festa de seu aniversário, fomos conhecer a terra natal do Rei Pelé, para quem não sabe, Três Corações –MG (e não Santos como muitos pensam).

Bem como TC é pertin-pertin de São Tomé da Letras, obviamente aproveitamos a oportunidade e para lá rumamos.

Basicamente o que rola por lá são Boulders, é verdade que existem algumas vias de escalada, contudo nem corda levamos, iramos apenas brincar nos blocos, e estrear minha nova aquisição, um crash-pad, adquirido especialmente para essa empreitada, e para as próximas que houvem.

Chegamos no Sábado dia 30/11, nos encontramos com um ex-colega de trabalho e amigo em TC dali rumamos para São Tomé, diretamente para um restaurante aproveitar as maravilhas da culinária mineira.

Depois do almoço leve e saudável a base de Vaca atolada e galinha com quiabo, entre outros quitutes fomos conhecer os picos de boulder, nessa primeira empreitada no setor Bruxa.

Patricia escalando com o Gui na seg

A impressão visual é muito boa, logo se vê muitos blocos com muitas possibilidades, tudo muito negativo com agarrões, e na hora de entrar na brincadeira, logo percebe-se que não era só impressão, os blocos são bastante convidativos. Boas pegas e muitos negativos, com movimentos bem fortes. Resumindo adorei o pico – e vejam que eu nunca fui muito adepto do boulder.

Gui mandando ver nos blocos


Como a pança estava, digamos, meio pesada, escalamos pouco e logo voltamos para TC, onde nos alojamos e fomos conhecer a família da nossa anfitriã.


Alice que não quis saber de escalar, curtindo a linda vista


Cansado da viajem e depois de um “lanchinho reforçado” fomos para a cama.

Gui ralando os dedos

Logo pela pela manha do Domingo, depois de uma café da manha, mais que reforçado, fomos conhecer o clube da cidade de TC. Parquinho, lagos e patos enchem a paisagem do lugar, por lá ficamos a manha toda.
Ao voltar para a casa, um almoço a mineira nos esperava, costela suína ao forno, servidos com escondidinho de mandioca com carne seca, acompanhados de macarrão ao bacon...uma perdição.

Enquanto via o dia se acabar curtindo a digestão de mais uma refeição leve e saudável, resolvi contra todas as tendências normais, dar um pulo em São Tomé, para pelo menos livrar a consciência (já que o corpo não se livraria de tanta comida assim tão fácil) de tanta comilaça. Fomos conhecer o setor Mirante dessa vez.


Parquinhos convecionais também garantem a diversão


Todo mundo escalou bem mais dessa vez, até os braços se acabarem, valeu o dia.

Ao voltar para TC, mais comida nos espera. Nossa como esse povo de minas passa bem na mesa.


Na segunda, dia 01/11, iríamos conhecer a roça de uma prima da nossa anfitriã, e para lá fomos, levando peixe e camarão na bagagem. No caminho para o sítio, logo avistamos dois blocos de pedra bem próximos de onde estaríamos, que logo pensamos em conhecer.

Nas redondezas do local, há um pequeno rio, com a formação de piscinas e escorregas naturais, diversão garantida para as crianças...ok não só para eles, para todos nós :-)


Olha só eu brincado com as crianças, difícil saber quem é quem

Peixe frito, Bobó de camarão, Lula a doré, lingüiça nos esperavam. Eita vida dura sô

Depois de muito meditar, fomos conhecer os tais blocos, pensando em ser os primeiros escaladores a se embrenhar neles, logo percebemos que não éramos os primeiros por ali, um grampo “P” batido no topo da pedra sinalizava que a pedra já fora escalada.

Examinado o bloco cavado e moldado..uma tristeza

Mais adiante havia um outro bloco, ao se aproximar, percebo estranhas formações na pedra, agarras grandes demais contrastando com granito áspero, ao alinhar a vista percebo que muitas agarras foram cavadas e outras esculpidas na rocha para viabilizar a ascensão de alguém.

Detalhe para o pega construida


Sei que o tema é polêmico, mas não gosto disso, se não consigo escalar uma pedra/bloco, isso não me dá o direito de adequá-la ao meu nível de escalada. O pior é que o pico me pareceu viável, não para mim é claro, mas não me pareceu ser um problema insolúvel para escaladores fortes, contudo talvez nunca venhamos a saber, pois a pedra havia sido esculpida em muitos locais. Uma pena.


Patricia no Mirante

Terça feira dia 02/11, depois de mais um café da manha reforçado, malas prontas, fomos para São Tomé gastar o resto dos braços, dali tomaríamos o rumo de casa, pois no dia seguinte teria de voltar ao Rio de Janeiro à trabalho, conseqüentemente teria de desfazer uma mala para arrumar a outra. Uma correria danada.

Gui tentando a travessia do mirante

Ficamos por lá umas duas horas apenas, mas como era a nossa despedida, escalamos tudo o que agüentamos, apesar de pouco tempo no pico o dia rendeu muito, as mãos ficaram em frangalhos e os braços pesados, como era de se esperar.

Patricia fazendo força no setor Bruxa


Patricia fazendo força no setor Mirante


Voltamos para casa, com a satisfação de ter conhecido um novo local de escalada e com um kilo extra na balança dada a quantidade e qualidade da comida mineira.

Eu no Mirante, essa viradinha foi realmente dura


Eu de novo em uma seqüencia bacana no setor Bruxa



Resultado do dia, mãos esbugalhadas


É isso ai

Braços

26 outubro, 2010

Primeiro Aniversário

Pois é, contrariando todos os prognósticos, eis-me aqui, toda feliz e contente, comemorando meu primeiro ano de escalada na rocha. Finalmente, depois de um tempinho de “castigo”, conseguimos ir pra São Bento e meu “aniversário” foi na Pedra da Divisa, na via Justiça Infalível, como se vê, em alto estilo.

Um ano...

Muita pedra rolou nesses doze meses e, de Pedra Bela até a Divisa, foram muitos regletes, alguns abaulados, adrenência pra buné e lá e cá um ou outro agarrão, que a gente merece, fala sério. A via foi íngreme, tenho que confessar. Entre o granito, o arenito e o calcário ficaram muito esmalte, léios de pele, lágrimas, sangue, suor, palavrões e muita determinação. Muitas marcas roxas e tantos arranhões depois, posso dizer que as recompensas foram muitas e valeram cada move.

Olho pra trás e vejo o progresso que já fiz, fico impressionada. Há onze meses, levei mais de quarenta minutos pra subir de top a Água Seca (Visual das Águas), praguejando que não tinha agarra. Hoje, vou guiando em menos de dez, só curtindo o passeio (mas nem por isso sem adrenalina). Pode não parecer muito pro escalador veterano, afinal, a Água Seca é um quarto grau, com um cruxinho de quinto, coisa pouca... mas pra mim, foi uma evolução enorme, vencer meus medos e minhas limitações e conseguir chegar lá. Guiando.

Mas olhar pra trás não é a melhor parte. O melhor é olhar pra frente e ver que tem diversão de sobra por quanto tempo eu quiser (ou puder). Além de existir no mundo muito mais rochas do que a gente pode pensar em querer escalar, esse é o tipo de atividade que é meio impossível estagnar e que nunca vai chegar nem perto da monotonia. Toda vez que eu vou pra rocha, sai algum move novo, um pezinho que eu não tinha tentado, um cristalzinho que eu não tinha arriscado, uma esticadinha de braço que eu não tinha aventurado. Sempre uma evolução.

E não apenas no esporte em si.

Descobri na escalada muito mais do que uma atividade física. Nesse ano que se completa, conheci muita gente legal e unida, gente que se interessa, que partilha, que se preocupa, que fica feliz com a realização do outro, que aplaude e incentiva. E que se esbarra em tudo quanto parede e falésia por aí afora. E o “aí afora”, então! Conheci lugares maravilhosos, que antes só tinha visto de foto, na net ou pela tv.

Me diverti um bocado, senti o vento no rosto, abracei objetivos e galguei-os até alcançá-los. Aprendi a ser mais destemida, a acreditar mais em mim, a pensar antes de cada move (e não só na rocha). Aprendi a ousar mais e assumir o controle. Naquela hora cruxial (ooops!), naquele move decisivo, sou eu quem escolhe qual parte da pedra tocar, em que cristal confiar, se a agarra é adequada ou não. Se a gente traz isso pro dia-a-dia, vale muito mais do que anos de terapia.

Mas, o caminho é longo. Sei que estou só na primeira cordada da via e que tem muito mais ainda por vir. Mas, já passeio no quarto grau, já me sinto confortável no quinto e já me atrevo a arriscar um sextinho (olha lá a Justiça Infalível!), claro que com ajuda e alguma trapaça. Mas, o mais importante de tudo, é que estou me divertindo muito.

Pra concluir meu parabéns para mim, não posso deixar de dizer um muito obrigada super especial pro meu maridão, meu mestre na escalada e inspiração para subir (literalmente) na vida. Obrigada. Por acreditar em mim, sempre, mesmo quando eu duvido. Por me introduzir e conduzir nesse mundo de pedra. Por sua obstinação e perseverança. Por sua paciência. Acima de tudo, por seu amor, que me incentiva e me motiva todos os dias.

Valeu pela segue!


16 outubro, 2010

Dureza

Pois é. Estou sem poder escalar. Faz mais de um mês que não escalo em rocha, (semana passada não conto, pois foi decepcionante http://escalareprecisovivernao.blogspot.com/2010/10/um-dia-ruim.html) desde o feriado de 7 de setembro.

De lá para cá, nos finais de semana, tive de ajeitar os móveis que comprei, depois houve compromissos profissionais e pessoais e agora estou de molho, pelo menos até o próximo final de semana.

Como minha dor nas costas não cedia, fui ao médico já antevendo a encrenca. Estou com uma contratura ou espasmo muscular nas costas, fruto de excesso de esforço adquirido seguramente lá na 90 Graus, semana retrasada.

Sabem como é, a gente vai se animando, vai rendendo, as cadenas vão acontecendo e sempre queremos mais e mais, ai que está o problema, a cabeça até querer mais e mais e o corpo pode até corresponder, mas a fatura sempre vem. E essa chegou chegando!

Antes dessa visita ao médico não sabia o que era uma contratura (vivendo e aprendendo), sempre ouvia essa palavra, mas sem compreender o siguinificado . Agora eu sei

Em termos gerais ocorre quando se força um músculo ou grupo muscular a um ponto além da capacidade dele, e com isso gera uma lesão, que não é perceptível no momento, mas algum tempo depois de 12 até 36 horas após o exercício.

No caso da contratura, devo tratá-la à base de bolsa térmica (quente), anti-inflamatório e relaxante muscular por 10 dias. E claro descanso.

O melhor mesmo é evitar, o que é simples, basta descansar adequadamente e evitar chegar ao limite sempre, poupando um pouco o corpo

Se tudo der certo, semana que vem tiramos a barriga da miséria. Pretendo ir para São Bento.

Vamos ver.

É isso American Idol

Braços

11 outubro, 2010

Um dia ruim

Pois é, o titulo já diz tudo. Um dia ruim, foi mesmo

Ontem tínhamos planos para um bate e volta em Andradas para subir o Elefante, iríamos eu, Patricia e os meninos (Allis e Gui), contudo na véspera a Patricia teve uma indisposição alimentar, possivelmente decorrência de uma refeição saudável balanceada feita na pastelaria de Valinhos, e decidimos por algo mais ligth. Partimos para o Visual das águas.

Chegando por lá, tivemos de imediato uma agradável surpresa, que logo seria suplantada por uma outra desagradável surpresa. Não havia carros na rua, sinal que o pico estaria vazio. Estava mesmo.

A parede da sombra, sem sombra, depois da queimada

A parte desagradável ficou por conta da queimada que o local sofreu por esses dias, e que pudemos, cheio de tristeza visualizar. Boa parte da vegetação ao redor sofreu um incêndio recente, que destruiu um parte da sombra que sempre tínhamos a disposição, além de ter dizimado algumas árvores e arbustos locais. Triste

Mais detalhes da queimada

Isso por si só anunciava um prelúdio de que o dia não seria dos melhores.

Desde a semana passada tenho sentido um dor incomoda na região da omoplata esquerda, que tem se acentuado, nada de intenso, mas incomodo.


Me preparando para escalar, com detalhe para devastação

Bem fui entrar na “Água que passarinho bebe”, para aquecer, já que tinha planos de fazer a “Água que passarinho não bebe” na seqüência, logo no inicio da via senti umas pontadas de dor. Continuei assim mesmo e como planejado entrei na outra via. Foi duro e precisei de 3 tentativas para fazer a cadena, estava com bastante dor e com isso muito desconcentrado. Fiquei muito desanimado com minha condição e chateado que meus planos estavam indo por água abaixo.

Depois de descansar um pouco entrei na Joker ou Corriga, (nunca sei o nome certo cada um chama essa via de um nome diferente...) bem ai a coisa virou. A dor que até então era suportável ficou bem intensa e logo me arrependi da empreitada. Hoje a dor continua, mesmo sem fazer nada.

Patricia na água mole, pouco antes de passar mal

Para ajudar no dia ruim, até a Patricia não estava 100%, passou mal também no meio da escalada, reflexo dos pasteis da noite anterior.

Ainda bem que não fomos para Andradas, entrar em uma parede grande nessas condições teria sido desastroso.

A vida é assim, não dá para ganhar todas. Oportunidade não há de faltar, fica para próxima

Braços

27 setembro, 2010

Justificando o sumiço

Pois é, andamos sumidos do Blog mesmo, a correria do dia-a-dia não tem permitido muita folga, ainda mais agora com o final de ano se aproximando, os eventos e compromissos familiares vão se multiplicando com uma velocidade assombrosa. A grande maioria dos compromissos acontece aos finais de semana, são ensaios do balé e sapateado da Alice, reuniões de escola, apresentações...enfim fica difícil arrumar folga e conseguir sair para escalar.


Depois do feriado de 7 de Setembro, onde fomos para Andradas, e diga-se de passagem que foi muito bacana, rolou pedal e várias escaladas, mas sem fotos, (por isso não coloquei no blog) estamos na secura, mas o motivo é outro.

O "problema" agora foi que minha irmã está se desfazendo de uma chácara, e junto colocou a venda alguns moveis rústicos que lá estavam. Eu me interessei pela pechincha e comprei a encrenca literalmente :-)


A Arcaz já com os pés sendo removidos

As peças realmente são lindas, porém algumas estavam em péssimo estado de conservação, fruto de falta de manutenção e abandono.



Detalhe para a festa que os cupins estavam fazendo

A pechincha ficou por conta de uma arcaz (também não conhecia esse nome, é uma mistura de baú com rack ) bem rústico e bonito, um conjunto de mesa com bancos sem encosto, um banco com encosto e um balanço bem grande, todos esses últimos feito de cruzeta (madeira utilizada nos dormentes dos trilhos de trem), coisa fina e muito caro se comprados novos.

Peça do balanço que precisa ser substituida

Todos precisando de no mínimo uma geral forte. Escovação e lixa grossa rolou para todos. A arcaz por exemplo teve todo o pé removido por conta de cupins, os puxadores tiveram de ser recuperados, além claro do banho de cupincida com direito a duas demão, e verniz.

Tudo carcomido pelo tempo chuva e falta de cuidados

Já a mesa e os bancos estavam em bom estado, precisando apenas de uma boa lixada seguida de uma aplicação de cupincida preventiva e um verniz.


Balanço parcialmente desmontado, repare no estado geral da madeira

Já o balanço, esse está dando muito trabalho. Algumas partes necessitam ser refeitas, a madeira estava muito comprometida e vários pontos, uma escovação simples não conseguia remover a crosta que formou ao redor da madeira, fora necessário uma lixa de aço e muito braço para limpar a peça.

Arcaz já desmontada e secando da primeira demão de cupincida


Já se foram 2 finais de semana só por conta dessa brincadeira, e acredito que será necessário ao menos mais um, para finalizar 100% o trabalho.




Patricia passando cupincida na arcaz e o banco secando ao sol




Minha vez ...cachorros ao fundo só observando. Detalhe para o baldinho da Alice sendo utilizado


Banco do balanço no início da escovação, Olha a sujeira e crosta que sai da madeira



Detalhe do estado da madeira no balanço



As traves do balanço, comidas e emboloradas




É isso ai, quando tudo estiver novinho eu coloco mais fotos
Braços


19 agosto, 2010

60% desconto na Casa de pedra. Só Hoje !!!

Na onda dos sites de compra coletivas, agora foi a vez da Casa de Pedra lançar uma promoção imperdível

Bora escalar !

http://www.peixeurbano.com.br/sao-paulo/ofertas/casa-de-pedra-sp

Oferta do dia
60% OFF em 1 dia de Escalada + Locação de Equipamento na Casa de Pedra (de R$45 por R$18)




18 agosto, 2010

Equipamentos – recall

Você sabia que existe recall de equipamentos de escalada, feito –muitas vezes, por exigência da UIAA e outras de forma voluntária pelos fornecedores?

Sabia que você pode consultar todos os equipamentos que estão (ou estavam) sob essa condição, fazendo buscas por tipo de equipamento, por marca, por ano, e por país afetado ? Tudo isso com detalhes dos motivadores do recall ?

Sabia também que é possível consular on-line a lista dos equipamentos certificados pela UIAA ?

Gostou?

Então se quiser mais detalhes consulte tudo isso diretamente na fonte. UIAA

Vale a pena

http://www.theuiaa.org/certified_equipment.php

Braços

10 agosto, 2010

Dia dos pais

Domingo celebrou-se o dia dos pais, uma data criada para vender meias, cuecas gravatas e nos melhores casos pastas executivas.

Apesar de não ser muito ligado em datas (nem um pouco mesmo, já esqueci até a data do aniversário da Patricia, e mais recentemente a data do nosso casamento), a convenção social nos diz que temos que de alguma forma prestigiar tal evento, ainda mais que na escola da Alice tais datas são exaustivamente trabalhadas gerando grandes expectativas nos pequenos, que ainda não compreendem muito esse significado, se é que tem algum.

Ganhei de presente, uma linda camiseta, com um desenho estampado que a Alice carinhosamente fez para mim. Ficou muito legal :-)


Minha nova camisa de escalada, detalhe para o cabelo :-)


Então poderia, ou melhor, deveria escolher a melhor forma de curtir o meu dia junto aos rebentos, várias eram as opções:

1) Restaurante, poderia ir almoçar com a prole em um muvucado restaurante, e ser mal atendido além de apreciar a boa culinária requentada, típica dessas datas. Sem chance

2) Passeio no shopping, sempre uma opção, desde que você goste de rodar horas a fio atrás de uma vaga para parar o carro, seguida de filas intermináveis para garantir o cinema, seguido de fila para a pipoca e para finalizar as filas na praça de alimentação para conseguir uma mesa. Tô fora, programa de índio demais para mim

3) Churras em casa. Sempre boa opção, só que a previsão do tempo apontava para um dia perfeito pare escalar, sol e frio, além do que seria necessário limpar a grelha que ainda contém os restos mortais do último assado. Não estava no clima de churras.

4) Dado a falta de opção, optei pelo melhor desfecho possível. Escalar

Eu e a prole na trilha para o campo escola do Pantano

Fomos a Andradas com as crianças, em um dia lindo, fomos ao campo escola do Pantano, (que por conta das celebrações do dia dos pais estava vazio, diferentemente dos shoppings e restaurantes...) e por lá ficamos o dia todo, só na curtição das vias de 4º grau, apreciando o dia relaxando entre uma escalada sossegada e um descanso na rede.
Todos aproveitamos muito, a Patrica guiou muitas das vias e o Gui mandou muito bem também, só a Alice que não quis entrar na bricadeira, ela ficou procurando bixinhos no mato e curtindo a rede.
Tudo de bom, espero ter começado uma boa tradição na familia, dia dos pais só na pedra a partir de agora.
Braços

07 agosto, 2010

Férias - Parte Final, Itatiaia

Na segunda de madrugada, dia 26/07, por volta das 03:00 , saímos de São Bento com destino a Itatiaia. A idéia era chegar cedo, pois só poderíamos ir com o carro até o abrigo Rebolças se lá estivéssemos antes das 09:00. Como não estava a fim de arriscar ter de levar todas as tralhas na mão por 2.5 Km, resolvi não arriscar.


Chegamos antes das 07:00 heheheh


Poças d´água congeladas pela manha

Dentro do carro, graças ao aquecimento, era bem tranqüilo, já do lado de fora
estava muito frio, as poças d’água na estrada estavam todas congeladas e o orvalho havia congelado em forma de cristais de gelo, bem bacana. Para as crianças tudo muito divertido, para a Patricia, tudo muito frio.



Civicão enfrentando a dura estrada até o abrigo


Depois de algumas peripécias com o Civicão para chegar ao abrigo mais ou menos são e salvo, lá estávamos descarregando o carro. Vale um parênteses, o Civicão velho de guerra fez inveja a muito carro do tipo "aventureiro Urbano", e deixou muita gente desacreditada em como aquele carro havia chegado naquele lugar, e pior iríamos repetir esse mesmo caminho mais alguma vezes. A ver.


Orvalho congelado na estrada

Bem, quando chegamos não havia ninguém no abrigo e como estávamos em 4 pessoas, tomamos conta da Suíte do abrigo, um quarto com dois beliches e um banheiro privativo. Muito legal.
Nesse meio tempo, chegaram mais alguns inquilinos, que logo foram se juntando a nós.


Tudo descarregado, partimos para uma caminhada leve e para apresentar o local e relaxar da viajem.


Na trilha para o agulhas, só passeando

Fomos até ao riozinho que fica na trilha para o Agulhas Negras, e depois fomos até uma cachoeira que fica na estrada para as Prateleiras, nada demais. O dia estava lindo, contudo mesmo ao sol o frio persistia.



Na cachoeira, detalhe para a Alice pescando :-).

Mais no final da tarde mais alguns inquilinos chegaram, dessa vez pesquisadores da UFRRJ para uma pesquisa de morcegos, para a alegria da Alice que por uma grande coincidência também estava estudando morcegos na escola. Ela adorou a oportunidade.


Alice ajudando na caça aos "morceguinhos fofinhos"



Um belo exemplar desavisado caiu na rede, para alegria geral


Para a terça feira, planejamos ir ao Agulhas Negras, eu e o Gui apenas, para aproveitarmos mais o dia, saímos bem cedo, antes das 07:00. O frio era forte, e durante toda a trilha o sol não dava as caras, tornando tudo bastante gelado.

Vou deixar o Gui contar como foi, mas obviamente foi muito legal, chegamos ao cume pouco antes das 11:00 e assinamos o livro e descemos junto com o pessoal que foi chegando ao longo do dia.


Gui assinando o livro no cume real do Agulhas

Por volta das 17:30 já estávamos chegando ao abrigo. Nesse dia como meu carro era único no estacionamento do abrigo (por conta de alguma regra non-sense qulalquer), fui requisitado para levar um dos estudantes ao hospital em Itamonte, por conta de fortes dores abdominais, fruto de alguma cólica renal, voltei bem tarde.

Quarta feira dia 28/07 seria o último dia da Patricia por lá, pois ela voltaria ao batente no dia seguinte, e como eu estava afim de aproveitar ao máximo a estada, foi a solução que encontramos, então o plano era que ela fosse de ônibus para casa, para isso descemos até Rezende.



Família reunida no cume da pedra do Camelo


No caminho paramos para apreciar o morro do camelo e a pequena cachoeira que fica atrás do Alsene.




Na pedra do camelo, com detalhe para o vale abaixo


Vale atrás do Alsene



Gui e Alice em um passeio pelo riozinho

Aproveitamos para almoçar no Graal, que faz as vezes de rodoviária, e as 15:00 ela embarcou rumo a São Paulo, para depois fazer uma baldeação para Valinhos. Voltamos para o abrigo.


Eu e a pequena na cabeçeira da cachoeira atrá do Alsene


Quinta feira, 29/07 fomos ao morro do Couto, eu, Alice e Gui, caminhada bem tranqüila.


Gui e Alice no começo da caminhada

Em parte do percurso (morro acima) levei a Alice na mochila, para tornar o passeio dela mais proveitoso, pois a caminhada toda seria demais para as pernas curtas dela.


Eu e minha mochila especial (e pesada)

Como o tempo começou a mudar, voltamos cedo ao abrigo, tomar chuva com a prole não era uma opção.


Na base da pedra do Couto, o tempo começou a mudar


Sexta feira, 30/07 último dia, fomos a cachoeira novamente, onde permanecemos por umas 3 horas, aproveitando a paisagem, "pescando" e jogando pedras na água, e claro aproveitando para um banho gelado também. Depois fomos até a base das Prateleiras, onde ficamos por um bocado de tempo também, só na curtição. Nesse dia a Alice não teve moleza, nada de cadeirinha para ela.


Gui e Alice descançando ao longo da trilha

A noite já arrumei as coisas, para logo cedo partimos. Teríamos de liverar o abrigo até as 07:00 da manha. E assim fizemos.


Água tranparente e fria


Frio, Muito friiiooooo, mas revigorante



Acho que muita gente têm uma foto dessas no trono

Sábado, 31/07 as férias no fim, aproveitando que já estamos perto da cidade de Itatiaia, resolvemos visitar a parte baixa do parque, na verdade estava querendo mesmo era esticar ao máximo as minhas férias :-)


No museu do parque, detelhe para animais locais

Depois de conhecer o museu de história natural com muitos exemplares da fauna local, o o museu do montanhismo, igualmente interessante, fomos visitar umas cachoeiras antes de dar linha para casa e definitivamente encerrar as férias.


No museu, detalhe para os insetos
Gui e Alice na Lagoa Azul

Gui e Alice com a cachoeira Veú de Noiva ao fundo

Gui com a cachoeira Veú de Noiva ao fundo

Gui e a cachoeira no detalhe

Chegamos em Valinhos antes da 18:00, descarregamos o carro e passamos o resto do final de semana descansando, limpando as coisas, e preparando a mente para a labuta da semana que começava.
Fim da férias

Braços