30 março, 2010

Dois anos

Faz aproximadamente dois anos que voltei as montanhas e a escalada, olhando para trás, parece que foi a muito menos tempo que regressei, de onde não deveria ter saído.

Para quem não sabe, comecei a escalar em 1993, depois de algumas experiências em Itatiaia e em outros locais. Naquela época, lembro de ter usado cadeirinha feitas pela mãe de alguém, de comprar corda em casa de material de construção, montar top-rope usando corrente e cadeado, claro que amarrando tudo na árvore mais perto. As vezes, fixávamos a ancoragem em carros, que conseguíamos colocar nas ruas acima da pedreira do Chapadão em Campinas

Naquela época, eu e mais um pequeno grupo, freqüentemente íamos à pedreira, pois era razoavelmente perto de casa e era viável para ir a pé. Nessa mesma época, tudo era muito amador, e como se pode verificar segurança era algo que não constava nos nossos dicionários, na verdade não viámos risco naquilo que fazíamos. Hoje parece muito bizarro pensar em uma cadeirinha feita em casa, mas no começo foi assim mesmo.

Nessa mesma época, iniciava-se o GEEU, e a própria GRADE6, mas como não havia internet (sim houve um tempo em que o mundo funcionava sem ela), não soubemos da existência de ambas por muito tempo mesmo morando na mesma cidade. A escalada era algo que começava, e dava seus primeiros passos nas universidades publicas.

Foi também em nesse período que além de escalar, pratiquei rapel em pontes (arrgh), rolou até um rope-swing, e foi quando soube de um grave acidente na pedreira do Garcia, onde um aspirante a escoteiro se acidentou e veio a óbito depois que a corda que ele usava se partiu em uma instrução de rapel. Muito triste. E me lembro de ter ficado abatido com a notícia, afinal a corda que ele utilizava não era própria para essa prática, assim como a minha.

As coisas foram melhorando, e muito! Fui conhecendo locais novos, pessoas, e equipamentos, comprando alguns e emprestando outros, afinal o orçamento era muito baixo.

Assim fui até 1997, quando o Gui nasceu.

Como grana era muito curta, e eu não contava com apoio financeiro familiar, tive de optar entre lazer e a responsabilidade da paternidade. Fiquei com a segunda.

Não que eu parei de escalar simplesmente, foi na verdade um processo, que demorou cerca de 1 ano, era uma questão de grana, motivação e bom senso. Quando havia tempo, não havia motivação, quando havia motivação não havia grana, quando havia oportunidade de uma grana extra, optava pelo trabalho aos finais de semana. E assim foi até que em 1999, passei a sofrer de vertigem ao subir em escadas para trocar lâmpadas e limpar calhas.

Nesse período, de 1999 ate 2008, muita coisa rolou, consegui galgar melhores condições financeiras, fruto de estudo e dedicação ao trabalho, casei, fui pai para novamente, viajei a trabalho, passeio, consegui construir um patrimônio, ainda que pequeno, mas meu. Resumindo, cresci. Mas como nem tudo são louros, tudo o que conquistei foi à duras penas e sacrifício. Engordei muito, mas muito mesmo, cheguei a incríveis e distantes (ufa !) 103 kilos de puro sedentarismo, e me distanciei de muitos amigos dos tempos de escalada.

Havia esquecido completamente da escalada, era como se nunca houve ocorrido. Tentei a prática de outras atividades, mesmo porque estava preocupado com o peso e sedentarismo, algumas ficaram, como a Bike e o Tênis, que ainda pratico, outras melhor nem citar :-)

Quando em meados de 2008, não sei bem o porquê, mas decidi que era hora de voltar a escalar. Talvez tenha visto ou ouvido algo a respeito, que inconscientemente trouxe a tona tudo o que havia sido guardado ao longo dos últimos anos, e derrepente era necessário voltar a escalar. Talvez a incontestável verdade que o tempo nos proporciona, tenha contribuído para isso, já que estando com 33 anos, se não votasse a escalar logo, não o faria jamais.

Recorri ao Orkut, para tentar localizar velhos companheiros, encontrei o Gonzalo, quando entrei em contato com ele, foi como se houvesse passado alguns meses desde nossa última aventura, quando na verdade foi quase uma década.

Prontamente combinamos uma escala básica, fomos no Vizú, onde passei muito perrengue no 4º grau, e não mandei nada superior a isso. Frustração total, como o tempo é cruel ! (e a balança também)

Decidido a retomar a escalada, investi, tanto em equipamentos, quanto no físico. Eis que voltei.

De lá para cá, perdi muito peso, algo perto dos 15 kg, ganhei muita saúde, muitos amigos novos e alguns dos velhos também, e continuo ganhando.

De tudo o que me aconteceu a cerca da escalada, o mais gratificante têm sido a família, é extremamente gratificando escalar com meu filho, o Gui, ainda que eventualmente. Igualmente satisfatório é observar o interesse da pequena Alice, que às vezes nos acompanha nos locais de acesso mais tranqüilo, e que muitas vezes treina conosco em casa. Já o Allis, ainda tenho fé nele que logo surgirá um maior interesse dele a esse respeito, principalmente quando a aborrecência acabr.
E claro não podia deixar de mencionar o interesse da Patrica pela escalada, essa sem dúvidas foi a melhor surpresa que tive, é muito bom estar escalado com aqueles que nos cercam e que partilham dos mesmos interesses.

Como podem ver, só coisa boa veio com a escalada.

Espero não mais parar de escalar, espero que mais à frente, meus incentivadores passem a ser meus filhos, e não o contrário como hoje, será muito legal se isso se concretizar. A ver.

Nossa ficou longo esse post, espero não ter sido muito chato com muito texto e nenhuma foto.

Vou tentar achar umas fotos dos tempos passados scanealas (não havia foto digital em 93, acredite assim como não havia net) para colocar aqui, nem eu me reconheço nas fotos :-)

Braços

12 março, 2010

7 Anos no Tibet

Sei que muita gente gosta de livros técnicos sobre escalada, onde se aborda questões físicas, psicológicas entre outras. O que seguramente é ótimo para o aperfeiçoamento e mesmo para a segurança.

Há também livros que abordam tragédias e conquistas de montanhas, o que nos dá uma visão dos esforços necessários e da coragem, ou insensatez humana quando confrontados com o perigo iminente.

Há uma terceira categoria, onde se narra a viajem ao ambiente das montanhas e sua interação com os povos locais, nessa categoria encontra-se o livro 7 Anos no Tibet.


Recentemente li o livro, que narra a trajetória de Heinrich Harrer, escalador e alpinista Austríaco que ganhou fama ao abrir uma nova rota na face norte do Eiger, façanha que pode ser verificada aqui



http://www.adventurezone.com.br/blog/a-primeira-escalada-da-face-norte-do-eiger.html


O interessante é que a maior façanha na escalada da vida dele, garantiu o passaporte para a maior e mais profunda aventura de sua vida, que pode ser verificada no livro.

A história em si, é uma narrativa forte e detalhada da força mental de seu protagonista, para atingir um objetivo (a fuga do arame farpado, como dizia ele) e de sua determinação e perseverança, para alcaçar o objetivo traçado, muito além do normal.

Detalha também de forma muito rica a cultura tibetana e o modo de vida pacifico de seu povo, sua religião e crenças.

Não vou me estender mais, só digo mais uma coisa, se você assistiu o filme e acha que o livro não acrescentará mais nada, ledo engano. O filme, apesar de bem feito, não dá a dimensão do feito de Harrer e tampouco descreve com a riqueza de detalhes que pode ser encontra no livro.


Vai aqui a dica.

Braços

Renato

07 março, 2010

Aventura no Turismo

Estava navegando pela Net quando, vi no blog do Davi Marski (http://www.blog.marski.org/), o seguinte video sobre os riscos, dos "treinamentos" em esportes de aventura.

Onde pessoas pra-lá de mal preparadas, levando outras pessoas ainda mais despreparadas, para "um dia de emoções", para fazer um "rapel radical", e colocam a vida deles todos em risco eminente.

Infelismente, as pessoas ainda se pautam pelo custo, preferem pagar menos para ter seu sonho realizado, e em contrapartida não fazem idéia dos riscos que correm.

O video é predominantemente carioca, mas eu mesmo já presenciei situações de risco dessa natureza, pelas bandas de São Paulo, e adjacências.

É isso ai pessoal, quem quer aprender de verdade, tem de procurar profissionais de verdade.

Sua vida vale mais que isso

Simples assim

http://vimeo.com/8001052

Braços

Renato

05 março, 2010

Calor, desidratação e o isotônico

Com esse calor, escalar em locais sem proteção contra o sol, torna-se tarefa árdua, depois de poucas horas de exposição contínua, a desidratação pode acontecer sem que você se de conta.

Aconteceu comigo esses dias, lá no Cuscuzeiro, o Sol estava pegando forte, e depois de pouco tempo, sentia uma fraqueza generalizada, e o pior, não estava com sede. Foi quando me dei conta do que estava se sucedendo.

Estava prestes a ficar desidratado, e nesse estado, com a falta da água e dos sais minerais, nosso corpo padece, e padece muito rápido.

Procurei uma sombra e bebi bastante água, mas no estado que eu estava só água não era suficiente, precisava de algo mais, precisava repor rápido o que havia perdido.

Nesse momento, valeu o fato de sempre ter na mochila alguns itens que julgo indispensáveis, para se levar no mato. Entre eles, pastilhas de isotônico SUUM.



O SUUM, é de longe o melhor isotônico que já provei, além de ter minerais indispensáveis ao bom funcionamento do corpo, como potássio, magnésio (não é o mesmo de secar a mão) e sódio, melhoram a absorção do seu corpo, ajudam na manutenção do tônus muscular.

Diferentemente de outros isotônicos que temos no mercado, que são carregados de ácido cítrico e açúcar, para acentuar o sabor, e dar cor à bebida o SUUM apresenta um produto menos poluído e voltado à prática esportiva como solução para hidratação rápida e segura.

Além de qualidade superior do produto, o SUUM é muito prático, pois é apresentado em pastilhas efervescentes (como aquelas de vitamina C ), que quase não ocupam espaço na mochila.

Tenha sempre a mão um desses, certamente fará a diferença.

Mais informações

www.suum.com.br


Braços
Renato