28 novembro, 2009

HO HO HO Papai Noel chegou

Bem não foi exatamente o bom velhinho que chegou, e sim uma amiga que foi passear em New York (chique né ?!? quem sabe um dia também consigo fazer uma viajem dessas... ) e trouxe uma muambinha básica para mim.




Agora a Patricia já dispõe do kit básico para escalar, ATC (o meu velho, já que o Guide da foto vai ficar para mim kkkk), solteira, e mosquetões com trava para o ATC, e compramos uns mimos também, como Nalgene com uma parka térmica (para levar algo gelado nos dias quentes) uma garrafa térmica (para coisas levar coisas quentes nos dias frios) , um tanto de fita e duas sapatilhas, uma nova para mim e uma para ela.


Teria sido melhor se a minha nova sapata (Lasportiva Mythos) não tivesse ficado grande demais :-( e a da Patricia pequena demais :-(


Inclusive quem se interessar, eu estou repassando a Mythos (42 numeração brazuca) pelo valor que paguei, $150 doletas.

Braços

22 novembro, 2009

Andradas - dia de aula na pedra

Final de semana corrido, não deu pra fazer muita coisa. A Alice, nossa filhota, futura escaladora, dançou no teatro sexta e sábado. A gente teve que prestigiar. Olha só que coisa fofa!

A Alice é a primeira da esquerda

Como o clima não tinha ajudado na semana passada, decidimos ir a Andradas, mesmo com a agenda apertada.
O Renato queria me mostrar o campo-escola, no Pantano. Fomos eu, ele, o Buda (também conhecido por Cláudio) e a Aline, amiga querida, que estou tentando arrastar pedra acima.

Não estava chovendo, mas tinha chovido na noite anterior e tinha muita água escorrendo da pedra quando chegamos lá. A Mugido da Vaca Louca parecia Niagara Falls (não sem um pouco de exagero da minha parte). Coisa de louco, mesmo.

O Renato guiou a via Mística, babinha, e tudo parecia tranquilo, mas dá só uma olhada quanto limo na pedra! A gente olhava pro verde e desanimava. Será que dá? O Renato foi de boa, mas ele é o Renato, né... nosso professor, aquele que sabe das manhas...

O Buda foi o primeiro a realizar a façanha. Mas a parte de baixo estava muito escorregadia, ele chiou um bocado, deu uma roubada, mas acabou decolando. O Renato, só no sossego, fez a segue dele deitado na rede. É ou não é muita máscara?!

A Aline só observando. Calma, que sua vez já vai chegar!

Bom, depois do Buda, fui eu. Precisei mesmo de uma ajudinha para sair do chão. Pode chamar de frescura, mas dá só uma olhada na minha mão! Nem todo o magnésio do mundo (ou pelo menos o do saquinho) conseguiria ajudar naquela hora. Tive que recorrer aos privilégios de esposa e pedir (literalmente) um empurrãozinho. Aí foi.

A via estava molhada no começo e úmida até a metade, depois deu pra ir de boa. Eu nem reclamei muito. Na verdade, eu gostei mesmo do lugar. Tenho certeza de que se a pedra não estivesse tão escorregadia, eu teria aproveitado muito mais o passeio.
Mas, desta vez não foi assim tão divertido. Escorreguei muito no começo. Em alguns pontos, as agarras pareciam feitas de sabão. Agarras para as mãos, tinha hora que a gente tinha que inventar. O Renato disse pra ir na aderência, mas achei complicado com a pedra molhada. Regletar é possível, mas naquelas circunstâncias, tava mesmo um tanto difícil. Acabei conseguindo alguns ralados e um ou dois hematomas. Ossos do ofício! Rapadura é doce mas não é mole, não. O que dirá a pedra!

Aline pensando: "No que eu fui me meter..."

Bom, depois que eu desci a Aline botou a sapatilha, respirou fundo, escorregou um monte na saída da via, teve um empurrãozinho como todo mundo e foi pedra acima. Mas, antes de chegar na parte seca, ela acabou enroscando numa parte com poucas poss
ibilidades, praguejou um monte, tentou daqui e dali e, por fim, acabou desistindo. Mas ela não teve uma estréia das mais fáceis. Pra quem nunca tinha alçado tais vôos, acho que foi uma proeza.

Tenho certeza que se ela tivesse tentado mais um pouquinho, teria chegado lá, pois só faltava um tiquinho para atingir a parte seca. Fica pra próxima.

O Renato fez mais uma cordada, na qual apenas eu e o Buda o acompanhamos. Nossa, o visual é incrível! Mas como lá de cima você não consegue ver o caminho de volta, apenas a altura que você está do chão, dá um cadim de medo. O rapel foi sossegado (gostei mesmo desse negócio de rapel!).

Pena que o tempo era limitado, pois tínhamos que voltar, buscar a Alice e repetir o ritual do teatro do dia anterior. Não deu nem pra cansar, aliás, só deu pra dar um gostinho. Semana passada na 90 Graus eu voltei com os braços acabados, foi muito mais divertido. Desta vez, não deu nem pra suar. Precisamos voltar lá pra escalar de verdade (olha só eu falando que nem escaladora!), de preferência, com a pedra seca, longe de todo aquele limo.

Borboleta na sapatilha... isso é que é integração do esporte com a natureza!

Té mais!

18 novembro, 2009

Mochila nova

Como a Patricia está animada com a escalada, tornou-se necessário a compra imediata de uma mochila, já que não dá para eu carregar tudo o tempo todo. Mesmo porque logo iremos receber os demais equipamentos (sapatilha, algumas ferragens) que já estão sendo providenciados por amigos que trarão diretamente da gringa.


Pois bem, fui às compras.


Várias opções, modelos, nacionais, importadas...enfim, como é difícil escolher uma item “básico” como esse, tamanha diversidade de modelos, e opções.


Aproveitando a necessidade, com a oportunidade de apoiar o Cesar Grosso, que é patrocinado pela marca alemã de mochilas e acessórios Deuter, comprei a mochila que ele tinha disponível.


Deuter ACT Trail 24


Até ai, pensei, nada além de uma mochila de marca famosa, com preço salgado (mesmo sendo mais acessível por se tratar de parte do patrocínio do Cesar). Esperava apenas uma mochila boa.





Eis que fiquei de queixo caído.

Não é simplesmente uma mochila, é “a mochila”, beira a perfeição, sem exageros, extremamente leve, com divisões muito apropriadas para equipamentos, água, lanches, capa de chuva embutida...enfim vale cada centavo!


A minha mochila velha de guerra, toda de cordura, com 15 anos de uso, agora ficou parecendo um relés saco com alça. É pesada, desajeitada, grande por fora e pequena por dentro, enfim um disparate.


O duro nessa história, foi entregar a mochila para a Patricia, confesso que fiquei perto de ficar com ela para mim, mas como minha boca é grande demais e já tinha falado para ela, que a presentearia, então não pude voltar atrás.


Agora vou ter de me regalar com uma dessas para mim :-) provavelmente irei optar pelo modelo de 32 litros, pois a de 24 pode ficar pequena dependendo da empreitada (é meu único consolo no momento).


Braços


16 novembro, 2009

Patricia está de volta

Olá a todos,

Já faziam 3 semanas desde que a Patrícia ingressou no nobre mundo da escalada. Como sabemos bem, a abstinência dessa prática, provoca desestímulo e conseqüente perda da empolgação inicial que a escalada provoca em qualquer um. Para não deixar a peteca cair, nada melhor que praticar.

Como a vida familiar impõe alguns limites, no sábado tínhamos apenas a tarde do, livre, além disso estávamos com a Alice a tiracolo, portanto a escolha do local não poderia ser outra. Visual das águas.

Saímos, Eu, Patrícia e Alice de Valinhos já pelas 14:00 e fomos direto, dessa vez, evitando o novo pedágio da Dom Pedro, fizemos o trajeto pela cidade Bragança Paulista e economizando assim algum troco a mais.

Chegamos por volta das 15:30.



Patricia equipada e Alice na espreita



Como a Alice veio diretamente do ensaio do festival de balé, ela estava bastante cansada e com fome, pois não havia ainda almoçado, portanto a primeira atividade do dia era montar a rede, para assegurar um conforto maior para a Alice, e alimentá-la assim teríamos mais paz de espírito, afinal teríamos de escalar/fazer segurança, sem perder de vista a pequena. Um olho no peixe e outro no gato, literalmente.

Alice acomodada e alimentada, Patrícia e eu equipados, começamos a escalar.


Muito fofa minha pequena



Obviamente, ficamos nas vias mais fáceis, inicialmente guiei a Água Mole (4o) e montei um top-rope e depois repeti o processo na Água Dura (4o), dessa vez fazendo a saída da via parte mais baixa onde o grau é outro.



Patricia no final da Água Mole

Em ambas as vias, a Patricia escalou de boa, mandou super tranqüila e confiante, sem grandes problemas, considerando que ela estava usando a minha sapatilha, que é bem maior que o pé dela, então posso sem dúvida afirmar que ela leve muito jeito para a escalada.


Patricia descendo depois da primeira investida


Ninguém é de ferro, tinha de dar uma escaladinha pelo menos



Já para o Domingo, sem a Alice (minha irmã iria ficar o dia todo com ela), e com o Guilherme, programamos um bate e volta em Andradas. Queria levá-la ao campo escola, onde há uma grande variedade de vias ótima para quem está começando. Não rolou pois acordamos com chuva.

Solução?!?!


90 graus !


Fomos nós 3, após o almoço, para Sampa, encarar um pequeno congestionamento antes de chegar no ginásio.


Esqueci a máquina fotografia, então vou ficar devemos as fotos.


A Patricia, mais uma vez, mostrou que está mesmo empenhada na escalada, subia, tentava e raramente desistia, só mesmo quando vencida pela exaustão. Escalou até não agüentar mais, conseguiu até uma bolha na mão tamanho esforço.

Vamos ver se no próximo final de semana, sobra um tempo para irmos escalar na rocha.

Braços

07 novembro, 2009

Serra do Lenheiro - Feriado de Finados

Olá a todos,

Esse último final de semana, aproveitando o feriado, fomos conhecer em São João Del Rei, a serra do Lenheiro. E conto que valeu muito.

Fomos eu, Gui, Jus, Fabi e Andreas, e depois iríamos encontrar com o Buda na Fernão dias, que viria de Sampa direto.



Saímos na madrugada de sábado de Valinhos, por volta da 4:00 e passamos em Amparo para pegar o Andreas, de lá direto para SJDR. Optamos por sair esse horário por conta principalmente de fugir do transito, e porque poderíamos ter meia noite de sono, o garantiria um sábado mais proveitoso. Deu certo.



Andreas abrindo caminho


Chegamos um pouco antes do almoço, perfazendo um total de 7 horas de chão, nos registramos no albergue Vila Hostel, almoçamos, passamos no batalhão de montanha para registro e permissões de entrada na serra. Sim é necessário autorização do exercito para utilizar o local, já que se trata de área militar.



Primeira escalada do dia



O bacana (e as vezes assustador) é que a grande maioria da vias é com proteção móvel, e em alguns casos, a primeira proteção não passa de uma nut pequena, que fica em um lance difícil, fazendo com que seu psíquico realmente fique abalado. Nesses casos você deve fazer de tudo para evitar a queda. Confesso que nessas vias, eu amarelei e subi só de segundo.


Galera na preparação



A noite, como não poderia deixar de ser, fomos jantar em uma pizzaria no centro de SJDR.


Fabi e Andreas na frente do albergue



Rolou até um off-road com o Civicão velho de gerra


Esse dia realmente estava lindo, embora muito quente


Domingão, ficamos pela manha em alguns blocos mais abaixo dos pontões, para treinar um pouco as colocações de moveis, aproveitei para praticar um pouco de escalada em móvel, em um lance com clifs de agarra. Não fui bem sucedido, algumas agarras arrebentaram e voei no top algumas vez. Por fim desisti da bricadeira.


Preparando o top para a galerinha


Por volta da hora do almoço, o sol e calor pegando forte, O Buda, Gui, Fabi e Jus decidiram voltar para a cidade e almoçar, com isso ficamos eu e o Andreas escalando o resto do dia.



O gui parece ou não um vespão ?


Claro que teria de rolar uma espiada nas pinturas rupestres. Pena que alguns vândalos já fizeram o favor de detonar parte da parede. Como tem gente imbecil no mundo, impressionante.


Outro “detalhe” é que o croqui que encontrei, apesar de ter uma boa descrição da localização das vias, não é muito fidedigno com a graduação.

http://www.pensatrix.com.br/wp-content/docs/Croquis%20localizacao%20e%20vias%20lenheiro.pdf



Das duas uma ou fiquei muito fraco ou tem várias vias que foram decotadas, vias que para mim seriam pelo menos 5 ou 5º Sup estão graduadas em 4º ! Esse “detalhe” rendeu algumas surpresas durante a escalada. De todas as formas, outras pessoas que estavam por lá, também tiveram a mesma impressão. Isso ocorreu principalmente nas vias de graduação mais baixa, já as de graduação igual ou superior a 6º me pareceu correto. O lance é ficar esperto antes de entrar nas vias fáceis.


Segunda pela manha, fizemos o check out do albergue e voltamos para os pontões. Já um pouco cansado dos dias anteriores e passando muito calor, escalamos relativamente pouco, e descansamos mais :-).





Ter uma rede dessas na mochila vale muito nessa horas.


Gui encarando a saidera, uma canaleta bem fácil, mas bastante exporta



No final do dia, por volta das 17:00 arrumamos a tralha, e aproveitamos os banheiros do local para tomar banho e pegar o rumo de volta para casa.

A viagem de volta foi bastante cansativa, saímos de SJDR por volta das 20:00, depois de ter dado baixa no batalhão de montanha e de jantado, e cheguei em casa, por volta das 3:00 da manha.

Tudo correu muito bem, a viagem foi ótima as escaladas idem e com certeza o local merece nova visita no futuro.

Braços