26 julho, 2009

Chove chuva


Pois é, estou meio (para não dizer, completamente) displicente em relação ao blog, mas explico que durante as duas últimas semanas estive “morando” na casa da minha mãe (sem Internet por lá) por conta da pintura, e de algumas outras coisinha referente a reforma da casa, que têm tomado muito mais tempo e principalmente dinheiro que o planejado. Mas até o final dessa semana, se o clima colaborar deve finalizar.

Por falar em clima, sinceramente não me recordo de um inverno tão úmido, tudo bem que a memória não é um grande atributo nosso, ainda mais a respeito do clima, mas minha percepção é de que têm chovido muito mais do que se espera para o inverno, algo realmente atípico.

Em geral, nessa época do ano, é normal aparecer na TV, as crianças sofrendo os efeitos do ar seco, intermináveis filas dos hospital, aquela cena clássica de alguma criança fazendo inalação, e mostrando aquela típica camada de poluição sob as grande cidades, apresentador de TV com ar de urgência noticiando o novo recorde de umidade baixa dos último anos....mas com a constância da chuva essa situação mudou, agora as notícias urgentes são somente para mostrar imagens relacionadas a nova gripe (inclusive se não fosse a gripe acho que o noticiário nosso ficaria mais curto).

Bem, esse blog foi criado para que eu registra-se fatos referente a escalada, porém com essa chuva toda, e devido a lesão no cotovelo (que a principio está sob controle), não escalo há mais de um mês. Isso mesmo! Desde que voltei da Lapinha, tenho amargado um longo período de estiagem na escalada, algo que pretendo mudar na semana seguinte, se a chuva permitir. Vamos aguardar.

Abraços

05 julho, 2009

Rod, Lapinha, Sete Lagoas, parte 2

Estando ainda impossibilitado de fazer qualquer esforço que use os braços, mais especificamente os cotovelos, (veja post anterior) aproveitei o final de semana para finalizar esse post e colocar em ordem umas coisas em casa.


Parte 2


Dia 6 15/06 (Segunda)


Decidimos tirar o dia para descanso, pois todos (Eu, Juliano e Marcela) estávamos exaustos, e com isso decidimos nos livrar dos carrapatos e levantar acampamento até a Serra do Cipó.



Nesse dia o Rod nos acompanhou até o Cipó para aproveitar a segunda feira.




Fomos conhecer a cachoeira da caverna e passamos o dia por lá.


Reparem na "caverna" que existe ai final do rio, apesar de termos ficados curiosos a respeito, ninguém estava muito disposto a ir lá dar uma olhada de perto, ficou para a próxima.



Dia 7 16/06 (Terça)


Já descansados, depois de uma ótima noite de sono, já agora dormindo em cama sem a desagradável companhia dos carrapatos, fomos conhecer as falésias da Serra do Cipó.


Mais uma vez fui surpreendido pela agradável surpresa que o local proporciona, e que, apesar de ser, assim como na Lapinha e no Rod, escalada em calcário, a aderência da rocha é ainda mais baixa, mas compensa muita na qualidade das agarras (para mãos e pés).



Entrada do G3



Dessa vez mandamos poucas vias, pois mesmo depois de um dia de descanso ainda nos sentíamos cansados, e agora meu braço estava gritando comigo a cada nova investida.

Marcela na Jonny Quest


Escalalei até onde consegui, fizemos a Jonny Quest 6º Sup forte, onde inclusive não rolou cadena, nas duas investidas vaquei no crux, depois, na seqüência migramos para fazer a Ninhos, um outro 6º Sup mas de agarras grandes e inteira negativo, essa eu consegui mandar a vista, mas foi o limite e o braço “abriu o bico” de vez.



Eu na Ninhos.



Dia 8 17/06 (Quarta)


Ainda estava muito cansado, e já que o Juliano e a Marcela resolveram descansar pela manha, parti sozinho para dar uma caminhada e conhecer melhor o local.


Já pela tarde encontrei com um escalador “perdido” por lá, o Alexandre, que estava investindo em uma vias mais fortes, como a “Ética decomposta” e a “Herois da resistência”, tudo muito além do meu bico, mas como estava de boa, fiquei na segurança dele tentando aprender como se escala de verdade.


Depois já mais à tarde, fui tentar uma saidera, a “Esqueceram de Mim” um 7a, muito constante e negativa ou seja forte meso. Essa escalada foi no modelo “Casas Bahia”, ou seja em várias prestações, e com total dedicação, acabei que mandei, mas decididamente acabei com o pouco que me restava do braço, que agora seguia doendo muito mesmo. Decidi encerrar aqui as escaladas, pois passei a realmente me preocupar com o estado do braço, ainda mais sabendo que teria mais uma semana de férias e de rocha pela frente.


Fachada da pousada Quintal da Serra




Pedra da "grande pedreira"
O Clima não estava lá essas coisas pela manha, mas foi melhorando aos poucos



Dia 9 18/06 (Quinta)


Pela manha retornamos ao Rod, onde o Juliano, Marcela queriam mandar alguns projetos inacabados, dessa vez segurei a larica e fiquei de boa, fui passear na gruta da Lapinha, conhecer o museu do Dr Lud (vale a pena conhecer o trabalho desse ilustre desconhecido, o cara foi responsável por catalogar muita coisa por lá no século retrasado) e aproveitar uma rede e um bom livro.


Dentro da Gruta da lampinha, durante a visitação assistida.



Fachada do museu Dr. Lud



Sem comentários para essa ai... :-(




A noite rolou um (na verdade mais um) rango forte na casa do Xandão, e por lá passamos a noite.



Dia 10 19/06 (Sexta)


Viajar é bom, na verdade é ótimo, mas voltar para o aconchego da nossa casa e da nossa família é melhor ainda, nesse dia saímos de Lagoa Santa pela manha, e voltamos direto para casa.



Igreja na Lagoa da Pampulha, BH





02 julho, 2009

De molho


Como já havia comentado, meu braço esquerdo ficou em frangalhos durante a viagem à Lapinha e Cipó, e mesmo tendo tido alguns dias de descanso, desde que retornei, o braço seguia insistindo em doer, então decidi (a contra gosto), procurar um médico ortopedista.

Pois bem, o resultado que já era esperado se concretizou. Uma inflamação do tendão do cotovelo, não chega a ser é uma tendinite, que se caracteriza por se uma inflamação crônica (ai sim estaria ferrado), mas é séria o suficiente para me deixar pelo menos 20 dias afastado de qualquer esforço com o braço, para cicatrizar completamente.

A vida é assim mesmo, não importa o que fazemos a fatura sempre virá. Nesse caso veio rapidinho.

O lado bom é que a recuperação será (a ver) completa, e não terei seqüelas.

Agora é cuidar da lesão, muito gelo e anti-inflamotórios e ter mais consciência dos limites do meu corpo e respeitá-los, para evitar futuras pausas não programadas.

Braços