Nesse último feriado, à convite de uma amiga para a festa de seu aniversário, fomos conhecer a terra natal do Rei Pelé, para quem não sabe, Três Corações –MG (e não Santos como muitos pensam).
Bem como TC é pertin-pertin de São Tomé da Letras, obviamente aproveitamos a oportunidade e para lá rumamos.
Basicamente o que rola por lá são Boulders, é verdade que existem algumas vias de escalada, contudo nem corda levamos, iramos apenas brincar nos blocos, e estrear minha nova aquisição, um crash-pad, adquirido especialmente para essa empreitada, e para as próximas que houvem.
Chegamos no Sábado dia 30/11, nos encontramos com um ex-colega de trabalho e amigo em TC dali rumamos para São Tomé, diretamente para um restaurante aproveitar as maravilhas da culinária mineira.
Depois do almoço leve e saudável a base de Vaca atolada e galinha com quiabo, entre outros quitutes fomos conhecer os picos de boulder, nessa primeira empreitada no setor Bruxa.
A impressão visual é muito boa, logo se vê muitos blocos com muitas possibilidades, tudo muito negativo com agarrões, e na hora de entrar na brincadeira, logo percebe-se que não era só impressão, os blocos são bastante convidativos. Boas pegas e muitos negativos, com movimentos bem fortes. Resumindo adorei o pico – e vejam que eu nunca fui muito adepto do boulder.
Gui mandando ver nos blocos
Como a pança estava, digamos, meio pesada, escalamos pouco e logo voltamos para TC, onde nos alojamos e fomos conhecer a família da nossa anfitriã.
Alice que não quis saber de escalar, curtindo a linda vista
Cansado da viajem e depois de um “lanchinho reforçado” fomos para a cama.
Gui ralando os dedos
Logo pela pela manha do Domingo, depois de uma café da manha, mais que reforçado, fomos conhecer o clube da cidade de TC. Parquinho, lagos e patos enchem a paisagem do lugar, por lá ficamos a manha toda.
Ao voltar para a casa, um almoço a mineira nos esperava, costela suína ao forno, servidos com escondidinho de mandioca com carne seca, acompanhados de macarrão ao bacon...uma perdição.
Enquanto via o dia se acabar curtindo a digestão de mais uma refeição leve e saudável, resolvi contra todas as tendências normais, dar um pulo em São Tomé, para pelo menos livrar a consciência (já que o corpo não se livraria de tanta comida assim tão fácil) de tanta comilaça. Fomos conhecer o setor Mirante dessa vez.
Parquinhos convecionais também garantem a diversão
Todo mundo escalou bem mais dessa vez, até os braços se acabarem, valeu o dia.
Ao voltar para TC, mais comida nos espera. Nossa como esse povo de minas passa bem na mesa.
Na segunda, dia 01/11, iríamos conhecer a roça de uma prima da nossa anfitriã, e para lá fomos, levando peixe e camarão na bagagem. No caminho para o sítio, logo avistamos dois blocos de pedra bem próximos de onde estaríamos, que logo pensamos em conhecer.
Nas redondezas do local, há um pequeno rio, com a formação de piscinas e escorregas naturais, diversão garantida para as crianças...ok não só para eles, para todos nós :-)
Peixe frito, Bobó de camarão, Lula a doré, lingüiça nos esperavam. Eita vida dura sô
Depois de muito meditar, fomos conhecer os tais blocos, pensando em ser os primeiros escaladores a se embrenhar neles, logo percebemos que não éramos os primeiros por ali, um grampo “P” batido no topo da pedra sinalizava que a pedra já fora escalada.
Examinado o bloco cavado e moldado..uma tristeza
Mais adiante havia um outro bloco, ao se aproximar, percebo estranhas formações na pedra, agarras grandes demais contrastando com granito áspero, ao alinhar a vista percebo que muitas agarras foram cavadas e outras esculpidas na rocha para viabilizar a ascensão de alguém.
Sei que o tema é polêmico, mas não gosto disso, se não consigo escalar uma pedra/bloco, isso não me dá o direito de adequá-la ao meu nível de escalada. O pior é que o pico me pareceu viável, não para mim é claro, mas não me pareceu ser um problema insolúvel para escaladores fortes, contudo talvez nunca venhamos a saber, pois a pedra havia sido esculpida em muitos locais. Uma pena.
Terça feira dia 02/11, depois de mais um café da manha reforçado, malas prontas, fomos para São Tomé gastar o resto dos braços, dali tomaríamos o rumo de casa, pois no dia seguinte teria de voltar ao Rio de Janeiro à trabalho, conseqüentemente teria de desfazer uma mala para arrumar a outra. Uma correria danada.
Ficamos por lá umas duas horas apenas, mas como era a nossa despedida, escalamos tudo o que agüentamos, apesar de pouco tempo no pico o dia rendeu muito, as mãos ficaram em frangalhos e os braços pesados, como era de se esperar.
Voltamos para casa, com a satisfação de ter conhecido um novo local de escalada e com um kilo extra na balança dada a quantidade e qualidade da comida mineira.
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