25 abril, 2010

Findi em SB

Fim de semana passado, tocamos pra São Bento, passar o findi respirando ar puro, revendo amigos e, é claro, escalando um cadim. Ficamos na casa do Albert junto com o Alberto, a Nani e o filho dela, o Vítor.

Vista da Ana Chata, entrada da trilha

Chegamos na sexta à noite e sábado de manhã rumamos pra Ana Chata. Demos uma passadinha na casa do João primeiro, e o Manoel e o Iron Maiden se juntaram a nós.

Gui na segunda cordada da Lixeiros
Nato lá em cima, na segue


Chegamos lá e o Alberto já estava guiando a galera na primeira cordada da Peter Pan, então, decidimos fazer a Lixeiros. Primeiro foram o Iron e o Manoel, depois o Renato, o Gui e eu, nessa ordem.

Alberto, Nani e Vítor na Peter Pan


Renato e Gui na parada - Baú ao fundo

Patricia e Gui se preparando pra última cordada

A Lixeiros é uma via muito gostosa, com uma vista maravilhosa do Baú e de toda a paisagem ao redor, mas as travessias são um tanto adrenantes e a última cordada, lá na crista, nósinhora, é de matar. A gente olha pr'um lado, precipício, olha pro outro, precipício de novo, olha pra trás, adivinha?, é, mais precipício... isso, porque eu nem me aventurei a olhar pra baixo. Mas, depois que você vence os trinta, quarenta metros que parecem mais um milhão, vê que não foi nem difícil, mas o psicológico no meio daquela exposição toda, é um fator que pra nós, iniciantes, eleva o quarto grau daquela via de maneira impressionante.

Gui, Renato, Iron Maiden e Manoel se refazendo no cume da Ana Chata

Renato brincando no boulder, pra relaxar

Nada como chegar ao cume, horas depois, com a sensação de dever cumprido, aquela cumplicidade com a pedra, o vento no rosto, o sol na pele... tudo de bom. Adorei a via, o Gui se portou muito bem, mandou tudo, foi realmente um dia muito legal. Descemos pela trilha, passando pela caverninha dos morcegos, muito jóia. Direto pra casa, assar um peixinho e confraternizar com a família e os amigos.

Patricia aproveitando a paisagem

Domingo, fomos pra Pedra da Divida (onde o Nato tirou as fotos do post anterior), junto com o João e a Feliza. Dessa vez a Alice nos fez companhia, caçando sapos e lagartas e brincando nas pedras, como ela gosta.

O objetivo do Nato era a Chão de Giz. O João equipou, montou um top e o Nato subiu pra aquecer e fazer um reconhecimento. Depois, ele mandou guiando. Lindo de se ver, mas não é pro meu bico. O Gui até tentou, mas não conseguiu ir muito longe do chão. Eu fiquei tirando as fotos.

João, na Chão de Giz

Feliza e Alice na "arquibancada"

Renato, de top

E guiando a Chão de Giz

Gui se apertando no sétimo grau

Depois, o Nato foi brincar na Hellraiser e eu fiquei na segue. A via é aparentemente mais fácil, mas eu achei tudo por ali muito forte pra mim. Não sei se do dia anterior, se acordei sem pilha, o fato que não mandei nada. Pra não dizer que não calcei a sapata, tentei seguir meu marido na Hellraiser, mas não passei da segunda costura. Um dia eu volto e faço alguma coisa por lá, mas não foi dessa vez.

Patricia, na Hellraiser

19 abril, 2010

Pequena notável

Recentemente, vi na net as fotos de uma garotinha japonesa, se não me engano, mandando um suposto V10. Coisa de gente grande e forte.

Como não poderíamos ficar para trás (afinal somos brasileiros e não desistimos nunca), coloquei a Alice em um intenso programa de treinamento para escalada. Assim, espero que antes dos 7 anos, ela já tenha colocado a japinha para trás.

Logo de cara, para incentivar a garota, a treinar, ela só terá direito a assistir Backyardigans depois de pagar 15 barras (por episódio), ou 20 flexões para assistir Little People, e assim por diante. Pocoyo, então, só depois de 45 minutos no Campus Board.

Como prova da qualidade dos meus métodos de treinamento, neste último final de semana, enquanto suava a tanga para mandar a “Chão de giz - 7a”, lá na Pedra da Divisa, em São Bento, a Alice, que não tinha muito o que fazer, começou a escalar alguns blocos próximos, tipo assim, só para passar o tempo.

Vejam as fotos, falam por si.

Calma tranquilidade e concentração, tudo fruto do árduo e intenso treinamento. Prova que vale a pena.


Reparem que nem sapatilha ela tem: faz tudo com um tênis barato de criança, obviamente isso faz parte do meu programa de treinamento, para manter o foco e a destreza na escalada. Sapatilha só para lances superiores a V7 - qualquer coisa menor que isso, não será digno de tal equipamento. Idem para magnésio.

Infelizmente, como o programa de treinamento ainda não está patenteado, não posso divulgar mais detalhes por hora. Certamente, em breve, estará disponível para aqueles que disponham de certo capital financeiro.


Hehehehehehh. Brincadeiras a parte, fomos esse final de semana para São Bento. Depois conto mais.


Quanto as fotos, a pequena Alice realmente escalou por conta um bloco lá na Divisa, e eu, como pai coruja :-) , digamos, apenas dei uma “força” na foto, dando aquela viradinha na câmera para aumentar a inclinação da pedra. Nada que ninguém já não tenha feito antes para dar uma valorizada. *-)

Mas que ficou legal, ficou :-)

Braços

15 abril, 2010

Páscoa na Lapínha

Feriado de Páscoa, bora viajar. O Nato estava planejando desde o começo do ano voltar pras bandas da Serra do Cipó. Depois de algumas tentativas frustradas, a Páscoa pareceu boa idéia. E fomos nós.

Ano passado, ele tirou umas férias no meio do ano, do trampo e da família e foi sozinho pra lá, dentre outros passeios, aventura que você pode resgatar no link Lapinha 2009. Desta vez, retomando alguns dos mesmos contatos da época, lá estava ele outra vez, desta vez com a família à tiracolo, ou pelo menos parte dela: eu e Alice.


O abrigo

Fomos na quinta à noite em comboio com: Juliana e Régis, Dani e Bruno, Purga e Daniel. Chegamos pelas cinco e fomos dormir um cadim pra recuperar forças. Ficamos acampados no abrigo do Leandro e do Pablo, fomos os primeiros hóspedes, que privilégio! Já estavam a Marcela com o Juliano, que tinham chegado na quinta à noite. Casa lotada, tivemos que armar a barraca, mas a merecida noite de sono só na sexta-feira.

Na quinta, como eu disse, só um cochilinho básico. Depois do café, fomos pro sítio do Rod. Ficamos por lá a tarde toda. Eu não conhecia a pedra e a principio fiquei meio assustada. O calcário é cheio de pontas e dá a impressão de que se você cair vai ralar tudo, mas depois de emendar um quinto grau sossegado, o medo passou.

Renato aquecendo

Patricia estreando no calcário

A Alice mandou uma via com o Nato que foi show. Meu bebê intrépido e seu pai audacioso. Que fofo!

Renato e Alice - Dani na seg

O povo ficou malhando a Tapa na Aranha, o desafio do dia. Todo mundo deu tapa pra todo lado, mas conquistar a via não foi nada fácil. Todos chegaram lá de um modo ou de outro, mas a custas de gritos, palavrões, quedas sem conta e muita ralação. Eu? Fiquei tirando fotos, dar tapas nesses bichos ainda é muito pra mim.

Tapa na Aranha - a odisséia

Tapa na Aranha - a conquista

Por falar em bichos, a Alice se divertiu com a fauna da região. Ela adora tudo que se mexe, e curtiu de montão os morcegos “fofinhos”, os sapos “lindinhos”, as aranhas “engraçadinhas”, o bichinho medidor (uma lagartinha que ganhou o nome de régua) e uma gata com filhote que ela encontrou lá no abrigo e ficou alimentando à base de presunto, para desespero do Leandro que já estava imaginando como ia se livrar dos hóspedes felinos.

Nossa futura bióloga

Galera batendo um rango na Preta

À noite, jantamos na Preta, uma senhora da região que cozinha pra gente na própria casa dela, se a gente tiver os contatos, marcar horário, todo um ritual. Lugar simples, comida simples, gente simples: tudo de bom. Aquele ranguinho mineiro que aquece o estômago, a alma e o coração. Saí de lá até triste.


O sábado amanheceu chuvoso. Cada um foi prum canto escalar. Teve gente que voltou pro Rod, teve gente que foi pro Cipó. Como a gente tava com a Alice, resolvemos fazer um passeio e desencanar da escalada. Pela manhã, fomos visitar a Gruta da Lapinha e o Museu.

Gruta da Lapinha

Parque do Cipó


Depois, fomos no parque do Cipó e fizemos uma caminhadinha light de oito quilômetros, até um laguinho que a Alice adorou. Depois, encontramos a Joana que tinha ido na quinta com o Fred e jantamos com eles por lá, depois de um passeio noturno no G3, só pra uma espiadinha.


Parados na estrada

No domingo, voltamos pro Rod, que o plano era levantar acampamento e vir embora logo depois do almoço. Almocinho de despedida na Preta e pé na estrada.

A gente pensava em chegar em casa por volta das onze da noite, mas demos o maior azar e ficamos umas cinco horas literalmente parados, por conta de alguns acidentes na rodovia (a Fernão Dias foi recordista nesse feriado, segundo o que ouvi no noticiário).


Ainda parados na estrada

Acabamos chegando em casa quase na manhã da segunda – too bad!

Mas, descontando esse pequeno incidente, o resto foi show de bola: escalada de qualidade, companhias tudo de bom, pedacinho de paraíso, tudo o que um feriado precisa pra ser perfeito.

Valeu, galera! Adorei conhecer todos vocês! Obrigada pelas fotos! Espero que nos encontremos em breve para novos passeios e muitas escaladas! E na próxima oportunidade, bora pro Cipó.

Abraços,
Patricia