29 novembro, 2010

Conhecendo os Boulders de Valinhos...finalmente

Apesar de ser morador de Valinhos desde sempre (com exceção a um breve período), eu nunca havia me aventurado pelos blocos da região, basicamente porque não sou exatamente um fã de boulder, além do que, as pedras da região são na maioria verdadeiros raladores de carne – humana.

Bem, para mudar um pouco esse paradgina e aproveitar o fato de estar a 15 minutos de alguns desses picos, resolvi conhecer um dos locais freqüentados.
Peguei umas dicas com o André Funari (http://funariclimb.blogspot.com) e com o Lukinha, ambos conhecedores dos locais.

Fomos conhecer os boulders da Lagoinha. Os blocos ficam dentro de um pesqueiro, (Quero-Quero), cujo o proprietário é bastante simpático à pratica da escalada, ele mesmo passou umas dicas de como chegar aos blocos, que na verdade ficam bem a mostra, basta escolher.

O sol estava a pino, apesar de termos chego depois das 15:00, sofremos bastante por conta do calor e da falta de sombra. O Lukinha havia passado algumas indicações de como chegar à um local mais agradável, mas havia esquecido de anotar, e claro, fui parar no local "errado".

Encontramos alguns blocos que pareciam interessantes, porém nem todos proporcionam uma segurança básica e a maioria nos deixariam torrando ao sol, assim foram descartados.

Um bloco em particular me chamou a atenção, consistia em uma fenda vertical de uns 6 metros, seguido por um bloco no topo totalizando uns 7 ou 8 metros, e ao aproximar, vimos que seria ali mesmo. Gostei da cara desse ai


Bonito não ?

Porém ao analisar o bloco mais atentamente, percebi que não havia sinal de que algum escalador tivesse passador por ali, não havia marcas de magnésio alguma, havia ainda uns pedaços de rocha soltas e em alguns pontos estava bastante esfarelento, prova de que seria um FA, o que me deixou meio receoso de sair subindo assim de boa sem saber o que poderia ser lá em cima....derrepetne um pedaço de rocha solta, ou mais trechos esfarelentos (o que de fato encontrei bem no alto)

Protegendo a fenda na saida, essa peça ainda está lá


Como seguro morreu de velho, e não estava a fim de colocar o meu na reta assim de graça, resolvi pegar no carro umas peças móveis e uma corda (antiga) propositalmente trazidos com essa finalidade
.
A idéia seria subir no esquema, protege-sobe(na proteção)-protege para poder ter uma idéia da encrenca e montar um top-rope em móvel. O que se mostrou útil, pois não havia forma de descer do bloco sem uma corda mesmo.

Depois de montar o top com os móveis, fiquei malhando os movimentos por um tempo, e resolvi e linkei quase todos, empaquei na saída, que é bem dura (é crux mesmo). Tentei mais algumas vezes a saída, mas depois de abrir um buraco no dedo, tive de parar, seria demasiado desastroso continuar.

Detalhe para o Nut entalado.

Já topo da pedra, desmontei o top e desci de baldinho pelo outro lado do bloco, ralando a corda diretamente na pedra mesmo (por isso usei uma bem velha)
Infelizmente (ou felizmente) uma das peças que utilizei não saiu da fenda por nada, apesar de toda a pancada que dei nela, ficou lá, aguardando um saca nut para ser resgatada.
Agora tenho dois projetos lá, resgatar a peça e linkar todos movimentos.
É isso ai
Braços

12 novembro, 2010

Conhecendo Curitiba

Pois é, meu filho mais velho está agora na pilha dos vestibulares, vai se findando uma mais fase da vida, com o término do ensino médio, e é chegada a hora de encarar a faculdade e finalmente começar o desmame.

E o que isso tem a ver com escalada. Nada, mas....

Como a molecada de hoje é criada dentro de casa a base de Internet, TV a cabo e geladeira cheia, quando têm de sair para o mundo bate o desespero, nessas horas alguns sortudos,como ele, recorrem ao pai nesse caso eu.

Mas o que tem a ver é que entre as opções de faculdade que ele escolheu, (meio pressionado é claro, pois por ele, ele passava o dia a vagabundear em casa por muitos anos a fio) está a Faculdade de Música e Belas Artes do Paraná, a EMBAP que fica na capital Paranaense, bem perto da loja/academia Campo Base que aproveitei para conhecer.



Visão Geral da academia, eu prestes a gastar os dedos

Que lugar bacana. Como carecemos de locais assim em São Paulo. Detalhe com preços decentes, e estrutura fantástica, lugar nota 10.

Eu na escaladinha


Descendo....

Até cogitei a possibilidade de ficar por lá no final de semana e conhecer os picos locais, que são muitos e bem pertos, mas surgiu a oportunidade de ir para o Cipó curtir o feriadinho de agora do dia 15, então fica para próxima. Quem sabe ele indo estudar por lá a gente não comece freqüentar mais a região Certamente valerá a pena.

Visão geral da Campo Base


É isso ai

Braços

07 novembro, 2010

Três Corações e São Tomé



Nesse último feriado, à convite de uma amiga para a festa de seu aniversário, fomos conhecer a terra natal do Rei Pelé, para quem não sabe, Três Corações –MG (e não Santos como muitos pensam).

Bem como TC é pertin-pertin de São Tomé da Letras, obviamente aproveitamos a oportunidade e para lá rumamos.

Basicamente o que rola por lá são Boulders, é verdade que existem algumas vias de escalada, contudo nem corda levamos, iramos apenas brincar nos blocos, e estrear minha nova aquisição, um crash-pad, adquirido especialmente para essa empreitada, e para as próximas que houvem.

Chegamos no Sábado dia 30/11, nos encontramos com um ex-colega de trabalho e amigo em TC dali rumamos para São Tomé, diretamente para um restaurante aproveitar as maravilhas da culinária mineira.

Depois do almoço leve e saudável a base de Vaca atolada e galinha com quiabo, entre outros quitutes fomos conhecer os picos de boulder, nessa primeira empreitada no setor Bruxa.

Patricia escalando com o Gui na seg

A impressão visual é muito boa, logo se vê muitos blocos com muitas possibilidades, tudo muito negativo com agarrões, e na hora de entrar na brincadeira, logo percebe-se que não era só impressão, os blocos são bastante convidativos. Boas pegas e muitos negativos, com movimentos bem fortes. Resumindo adorei o pico – e vejam que eu nunca fui muito adepto do boulder.

Gui mandando ver nos blocos


Como a pança estava, digamos, meio pesada, escalamos pouco e logo voltamos para TC, onde nos alojamos e fomos conhecer a família da nossa anfitriã.


Alice que não quis saber de escalar, curtindo a linda vista


Cansado da viajem e depois de um “lanchinho reforçado” fomos para a cama.

Gui ralando os dedos

Logo pela pela manha do Domingo, depois de uma café da manha, mais que reforçado, fomos conhecer o clube da cidade de TC. Parquinho, lagos e patos enchem a paisagem do lugar, por lá ficamos a manha toda.
Ao voltar para a casa, um almoço a mineira nos esperava, costela suína ao forno, servidos com escondidinho de mandioca com carne seca, acompanhados de macarrão ao bacon...uma perdição.

Enquanto via o dia se acabar curtindo a digestão de mais uma refeição leve e saudável, resolvi contra todas as tendências normais, dar um pulo em São Tomé, para pelo menos livrar a consciência (já que o corpo não se livraria de tanta comida assim tão fácil) de tanta comilaça. Fomos conhecer o setor Mirante dessa vez.


Parquinhos convecionais também garantem a diversão


Todo mundo escalou bem mais dessa vez, até os braços se acabarem, valeu o dia.

Ao voltar para TC, mais comida nos espera. Nossa como esse povo de minas passa bem na mesa.


Na segunda, dia 01/11, iríamos conhecer a roça de uma prima da nossa anfitriã, e para lá fomos, levando peixe e camarão na bagagem. No caminho para o sítio, logo avistamos dois blocos de pedra bem próximos de onde estaríamos, que logo pensamos em conhecer.

Nas redondezas do local, há um pequeno rio, com a formação de piscinas e escorregas naturais, diversão garantida para as crianças...ok não só para eles, para todos nós :-)


Olha só eu brincado com as crianças, difícil saber quem é quem

Peixe frito, Bobó de camarão, Lula a doré, lingüiça nos esperavam. Eita vida dura sô

Depois de muito meditar, fomos conhecer os tais blocos, pensando em ser os primeiros escaladores a se embrenhar neles, logo percebemos que não éramos os primeiros por ali, um grampo “P” batido no topo da pedra sinalizava que a pedra já fora escalada.

Examinado o bloco cavado e moldado..uma tristeza

Mais adiante havia um outro bloco, ao se aproximar, percebo estranhas formações na pedra, agarras grandes demais contrastando com granito áspero, ao alinhar a vista percebo que muitas agarras foram cavadas e outras esculpidas na rocha para viabilizar a ascensão de alguém.

Detalhe para o pega construida


Sei que o tema é polêmico, mas não gosto disso, se não consigo escalar uma pedra/bloco, isso não me dá o direito de adequá-la ao meu nível de escalada. O pior é que o pico me pareceu viável, não para mim é claro, mas não me pareceu ser um problema insolúvel para escaladores fortes, contudo talvez nunca venhamos a saber, pois a pedra havia sido esculpida em muitos locais. Uma pena.


Patricia no Mirante

Terça feira dia 02/11, depois de mais um café da manha reforçado, malas prontas, fomos para São Tomé gastar o resto dos braços, dali tomaríamos o rumo de casa, pois no dia seguinte teria de voltar ao Rio de Janeiro à trabalho, conseqüentemente teria de desfazer uma mala para arrumar a outra. Uma correria danada.

Gui tentando a travessia do mirante

Ficamos por lá umas duas horas apenas, mas como era a nossa despedida, escalamos tudo o que agüentamos, apesar de pouco tempo no pico o dia rendeu muito, as mãos ficaram em frangalhos e os braços pesados, como era de se esperar.

Patricia fazendo força no setor Bruxa


Patricia fazendo força no setor Mirante


Voltamos para casa, com a satisfação de ter conhecido um novo local de escalada e com um kilo extra na balança dada a quantidade e qualidade da comida mineira.

Eu no Mirante, essa viradinha foi realmente dura


Eu de novo em uma seqüencia bacana no setor Bruxa



Resultado do dia, mãos esbugalhadas


É isso ai

Braços