28 junho, 2010

Onde estão os escaladores?

Final de semana estive com a Patrícia em São Bento, há muito queria escalar com ela a super clássica Elektra 4º V na Ana Chata, via de 7 cordadas sendo uma dela inteira em móvel.

Para mim, é uma das vias mais bacanas que há, é ótima para testar os nervos dos iniciantes com a exposição, travessias e a altura. Já adianto que a Patrícia mandou super bem. Mesmo com adrenante "vaca" sofrida, entre a o P4 e P5, onde ela caiu e pendulou bastante (diria uns 5 ou 6 metros ) e descobriu para que serve um capacete, ela se portou muito bem, melhor que muito marmanjo que conheço por ai, mas deixo para ela contar com detalhes depois. Se ela quiser, claro.

O lance que motivou esse post não foi esse, e sim que apesar de o clima estar excepcional, não havia sequer uma única nuvem no céu, o vento estava fraco, a temperatura amena, a síntese de um dia perfeito. Só havia duas pessoas escalando na Ana Chata. Eu e ela.

Onde estavam os escaladores ? Será a Copa do Mundo de futebol a responsável pelo sumiço dos escaladores ? Sei não, muitos escaladores que conheço, assim como eu não trocariam um dia de escalada por uma partida de futebol, ainda mais de seleções que não a brasileira.

Lembro que a exatos 1 ano, estávamos todos injuriados com o clima, que não dava trégua com a chuva para uma janela de tempo bom para escalar, foram muitos os finais de semana embolorando em casa, e agora com um clima desses, ninguém apareceu....mistérios

Braços

21 junho, 2010

Ana chata - Peter Pan; por Guilherme "Gui" Carvalho

Ana chata - Peter Pan

No final de semana do feriado de Corpus Christi a família toda foi a São Bento e no dia 06/06, Domingo todos nós fomos até a pedra da Ana chata.

A Pepa, o Xú e a Tia Pá foram subir a pedra pela trilha da caverna dos morcegos(Pra quem não conhece a trilha, vale a pena visitar) e eu e meu pai fomos subir pela Peter pan.

Ficamos muito na frente do resto do pessoal na hora da caminhada porque eu não carregava mochila e estava muito ansioso para escalar e só voltamos a ver e ouvir eles em cima da pedra.

No começo da escalada achei loucura subirmos sem mais ninguém, pois nunca tinha feito uma via tão longa(6 cordadas) de segundo, sem ninguém de terceiro e também nunca tinha feito segurança para alguém guiando, porém estava com o Cinch e isso foi fácil(em termos, porque se meu pai tivesse caído, bem, eu finalmente aprenderia a voar), apesar da corda ficar caindo e eu ter que ficar arrumando, e enquanto eu arrumava meu pai gritava”Pô Gui não me trava”.

Após um tempo escalando vi que na verdade a escalada era muito tranqüila e fácil, por isso me tranqüilizei um pouco, muito pouco, pois quem me conhece sabe que nunca fico calmo de verdade, e só fiquei nervoso mesmo no momento de recolher as costuras, pois se esquecesse uma, não conseguiríamos mais subir, o que seria um problemão, mas eu não esqueci nenhuma. O único momento difícil mesmo foi o fato de na quinta cordada eu ter caído, mas é claro que não aconteceu nada pois estava de top-rope e não me feri, fora isso eu passei medo na crista, mas foi só medo mesmo pois a travessia era muito fácil.

Chegando lá em cima, nós nos encontramos com o resto do pessoal, lanchamos e descemos pela trilha.

A volta foi tranqüila, mais fácil que a subida, depois de descer entramos no carro e fomos pra casa, após o final de tudo fiquei muito satisfeito comigo mesmo.

Gui

17 junho, 2010

Equipamentos 1

Olá

Sempre que precisamos comprar equipamentos novos, seja para substituir ou para incrementar nosso arsenal, nos armamos de informações antes de realizar as compras, mas na prática vamos descobrir se o que compramos atende ou não depois de usar, dado a falta de informações de usuários a respeito dos equipamentos

Uma forma de evitar gastar dinheiro e se frustrar com determinado equipamento é conversar com que o possui, mas nem sempre conhecemos alguém que tenha aquele tão desejado item.
Agora temos mais uma ferramenta que pode ser usada a nosso favor nessa questão.
O site, ou portal (nunca sei ao certo a diferença kkkkkk) escalada café, está disponibilizado uma área exclusiva para avaliação de equipamentos de escalada em geral.
Por enquanto tem poucos itens, mas certamente irá crescer com o tempo com as pessoas mais engajadas e compartilhando suas impressões a respeito dos equipos.

Para acessar as avaliações:



Vou fazer avaliações dos equipos que tenho, acho que todos deveriam fazê-lo, para termos uma sólida base de troca de informações a esse respeito.

Vou começar com as minhas "meninas dos olhos", os LINK CAM, que recentemente passou a fezer parte do meu acervo



#.75 em ação. repare na área de contaco com a rocha

São peças fabulosas, para aqueles que gostam de escalada em móvel, são peças que fazem a diferença no momento daquele aperto, onde o tempo para proteger o lance, significa poupar braço, e evitar uma queda.

As castanhas são tri-seccionado, ou seja, cada uma delas é subdivida em 3 partes, que conforme acionadas "escorregam" para a parte de baixo da peça, reduzindo o tamanho necessário da fenda para sua colocação.

#1 em ação. Muito versatíl

Comparado com os famosos C4 da Black Diamond, possem uma faixa de abrangência 3 vezes maior, em uma comparação direta, comparando com peças de eixo simples, a relação de abrangência é superior a 4 vezes.

Outra vantagem é que como a diferença entre a abertura mínima e máxima da mesma peça é muito grande, pode ser usada como OFF-SET, muito legal para aquelas fendas abertas que são muito difícil de usar como proteção e em geral não inspiram muita confiança.

As peças pequenas, contam com uma área de contato com a rocha muito maior, com isso reduz a tendência de "andar" das peças quando tracionadas pela própria corda.

#2 em ação.

O quadro abaixo dá um exemplo claro da diferença de faixa de atuação



Contra, temos o peso extra nas peças maiores, certamente é um ponto desfavorável, mas o problema mesmo é o preço, esse sim é um problema, na média, custa o 60% mais do preço de um C4 equivalente. Sem contar que em terras tupiniquins não temos essas peças a venda


Essa foto mostra a bem a utilizadade da peça, com uma colocação em uma fenda aparentemente muito menor que a peça, ela fica estavél e ao mesmo tempo garante uma fácil e rápida colocação



É isso ai


Braços

13 junho, 2010

Corpus Chisti no Baú

Ué, cadê o Baú? Olha direito, que ele tá lá, detrás das nuvens. E como teve nuvem nesse feriado! Mas, apesar delas e até com elas, o fim-de-semana rendeu um monte. Caminhadas, festa, escalada, piadas, lareira, fogueira, muita comida e gente muito animada na casa do Albert. Desta vez conseguimos ir a família inteira. Até o Allis concordou em ficar longe da namorada por um final de semana e acompanhar a família. Foi bem legal.

Renato, Gui e Allis na escada do Baú

Chegamos na quarta à noite. Quinta de manhã, deixamos a Alice na casa do João e da Felízia, pra passar o dia com a filha deles, a Hayanna, e fomos subir o Baú pela escada, pelo lado de São Bento. Deixamos o carro no restaurante e chegamos no pé da escada uma boa caminhadinha depois.

Repara só na paisagem

Tinha a maior galera descendo, como o Nato já falou no post anterior, mas, lá em cima até que não tinha muita gente. Que bom - nada pior que muvuca na pedra. Nenhum dos meninos tinha subido o Baú antes e gostaram bastante.

Chocolate quente pra amainar o friozim

Nevoreiro no alto da Pedra

Tinha muita nuvem lá em cima, e muito vento, também. Tava um frio danado, mas levamos um chocolatinho quente pra aquecer a alma. Que delícia de sensação estar tão alto e ver o mundo tão imenso ao nosso redor! Dá só uma olhada nisso:

Olha só a paisagem

Para evitar a muvuca que voltou a ser formar na descida, resolvemos descer pelo lado de Campos. Eu, particularmente, não gosto muito da escada pelo lado de lá. Como a vegetação é bem densa e o sol não tem muita vez, tudo está sempre úmido e escorregadio, isso pra não mencionar o frio daquelas barras, que estava enregelando as mãos. E pra "ajudar", sempre tem um degrauzinho ou outro que deixa a gente meio adrenado. A sensação de pôr os pés em terra firme é indescritível.

Allis, Renato e Gui e Allis na escada do lado de Campos

Na volta, íamos contornar o Baú pra pegar a trilha de volta ao restaurante, mas perdemos alguma curva e acabamos no estacionamento da Ana Chata - acontece com os melhores montanhistas, acredite! He he he...


Pra onde quer que você olhe, tem uma foto esperando um clique

Até que valeu a caminhada a mais - olha só o visual que encontramos pelo caminho! Somando isso à endorfina da caminhada, mais o vento no rosto e o solzinho do fim de tarde na pele, dá pra entender porque adoramos fazer o que fazemos, não dá?


Parece um quadro, mas é só a natureza

Sexta-feira, foi a vez da Hayanna vir passar o dia com a gente. O João a trouxe e foi pro Baú com o Nato pra eles brincarem mais forte, que escalada em família é legal, mas tem muito café com leite e o Nato acaba mais nos ensinando e fazendo segue do que escalando de verdade. Não levaram máquina, não trouxeram fotos, mas se divertiram um tanto no Paredão Tudo Bem, pelas histórias que contaram.

Pula a fogueira Ia-ia

O resto da galera da casa também foi pro Baú e na volta trouxeram a notícia de que teria festa junina no Paiol. Bora pra festa!

Gui, Allis e Alice com o casal Pereira

A festa tava animada, com uma porção de brincadeiras, uma super fogueira, um bingo animado e até uma quadrilha, onde Zé Pereira e Maria Pereira animaram os outros casais.

Olha a chuva, "pessoar" - ela vem amanhã "di" manhã

A galera curtindo a fogueira

Depois de muita diversão e muitos prêmios no bingo (a gente não ganhou nada, mas o povo ganhou de bolo de festa até um frango assado que virou canja na noite seguinte), fomos embora, descansar para o sábado.

Sábado de chuva, Renato trabalhando

O sábado, porém acordou completamente cinza, chovendo a cântaros e estava um frio de congelar os ossos.

Gonzalo, Renato e Carlão

Fomos dar uma volta com a galera que chegou a sexta e depois, como não dava pra fazer mais nada, fomos comer uma truta, que ninguém é de ferro.

No meio da tarde, o sol deu as caras, nem parecia o mesmo dia, o tempo virou completamente. Mas aí, a pança já tava cheia e a gente ficou por conta da criançada, que o dia não ia render mais nada.

Alice e Allis (no detalhe) no topo da Ana Chata

Domingo, dia de ir embora, acabou-se o que era doce. Mas, meu marido sempre gosta de aproveitar até o último segundo e botou pilha na gente pra uma caminhadinha básica até o cume da Ana Chata. Bom, eu, o Allis e a Alice fomos pela trilha. Ele levou o Gui pela Peter Pan. Nós chegamos primeiro, mas aposto que eles se divertiram mais.

Gui, na última cordada da Peter Pan

Demos um tempinho lá no alto, descansando um cadim e aproveitando a paisagem, família toda na pedra, tudo de bom!

Descemos todos pela trilha. Dessa vez a Alice não conseguiu ver nenhum morceguinho "fofinho" na caverninha, nem na ida, nem na volta, mas aproveitamos bem a caminhada.

Finalmente, a Patricia aparece numa foto

Final de semana show, mas como tudo, chegou ao fim. Pena. Tchauzinho, São Bento, mas esquenta não, que logo logo estamos de volta ao nosso refúgio favorito.

E você, que acompanhou o relato, se não conhece, deveria ir conhecer. Tenho certeza de que, como nós, você iria se apaixonar. Fica aí o convite!

11 junho, 2010

Pedra do tempo

Sem comentários hehehehe



07 junho, 2010

Relato de um Quase incidente

Final de semana, estivemos em São Bento, aproveitando o feriado, essa semana ainda colocaremos mais detalhes e fotos, por hora gostaria de relatar e registrar um quase incidente que aconteceu na subida da pedra do Baú pela escada do lado de São bento.

Bem vamos aos fatos

Deixamos o carro no estacionamento do restaurante Pedra do Baú, e subimos a escada pela face de SB.

Estávamos parados no "descanso dos medrosos", não com medo :-) , mas sim aguardando um grande grupo grande que descia pela escada, e para passar o tempo e desafogar um pouco a trilha, subi um trepa-pedra ao lado, e lá estava eu a observar o fluxo de pessoas, bem como a paisagem, quando um cidadão, com seu cigarro na boca, resolve fazer o que a maioria dos fumantes fazem com a bituca do cigarro, jogou no chão e segui seu caminho. O problema é que isso foi na minha frente!

Como não pude me conter, pedi para o cidadão-porco-fumante, que não deixa-se lixo na trilha, muito menos um cigarro semi acesso, pois além da sujeira, poderia iniciar um incêndio na mata, o que naquele local, certamente provocaria no mínimo um certo desconforto.

Eis que o cidadão ficou mais do que contrariado, e apesar de pegar a bituca (não sei se ele a levou de volta mesmo ou jogou no chão logo depois disso), começou a esbravejar que eu não deveria mexer com quem não conheço, que se eu não estivesse lá no alto, feito um macaco eu iria ver com ele (não sei bem o que eu veria, confesso que nem disposto a descobrir eu estava), e por ai foi, saiu esbravejando para amiga/namorada e andando. Eu de minha parte, como pacifista que sou, nem me dei ao trabalho de responder, mesmo porque não valeria à pena.

Sinceramente acho que o efeito da adrenalina da descida somado ao evidente consumo de álcool e tabaco, e mais a presença de uma fêmea próxima, fez com que o ser, ficasse mais macho que o habitual.

Realmente fiquei assustado, não com a possibilidade de uma briga, pois sinceramente não entraria em nenhuma, mas pela reação exarberada do fulano bem como pela falta de noção ao jogar um cigarro no chão. Será que ele faz isso na casa dele ? acho que não.

Não tenho nada contra o cigarro, muito menos a favor, simplesmente acredito que cada um faz o que bem entender com seu próprio corpo, o problema vêm quando a liberdade alheia se encontra com situações como essa, onde as pessoas perdem a noção do local onde estão inseridos e fazem do chão uma lata de lixo, não importando onde estejam.

Bem é isso, vale o recado e a experiência, acho que próxima eu só pego a bituca e levo de volta para um lixo.

Braços