Sexta-feira, dia 18, partimos eu, Renato, Andréas e Fabi rumo à Pedra do Baú, mais um degrau na minha escalada rumo ao cume do Universo da Pedra.
O tempo colaborou, fez um final de semana surpreendentemente lindo e ensolarado. Comemoramos em alto estilo o aniversário do Nato, que completou trinta e cinco primaveras. Como nos findi anteriores choveu de monte, parece que o povo não acreditou no sol e a pedra estava praticamente vazia. Foi muito legal.
Pena que quem não colaborou foi o carro, e, como o Nato já contou, o domingo foi a saga de lidar com a frustração de parar no caminho pra pedra, esperar resgate, voltar pra casa sem ter aproveitado o dia. Mas, a gente precisa ter histórias pra contar, não é?
Voltando ao sábado... Primeiro de tudo, subimos o Bauzinho e fizemos o rapel para a primeira via do dia: a Normal do Bauzinho.
O rapel foi fácil. Se bem que no começo dá um certo receio, mais pelo desconhecido. Quando acaba a gente pensa: ah, era só isso?!
A primeira parte da Normal é bem tranqüila. Mas é claro que eu empaquei um pouco no crux, tentei uns quatrocentos moves antes de conseguir subir - ainda me falta a experiência para conhecer os limites do meu corpo e o quanto de força usar... vou na tentativa e (muito) erro. Mas sem pressa e com muito cuidado. Inda bem que o Nato é bastante paciente e fica me incentivando o tempo todo. Isso me passa muita confiança e tranqüilidade.
Outra coisa que ajudou é que agora eu tenho minha própria sapata. O pé reclamou um pouco (pensa que Cinderella não sofre!?), mas foi muito mais fácil aderir à pedra e completar a via.
A segunda parte da Normal foi bem mais fácil e o visual é compensador, muito lindo tudo ao redor. Que paz!
Íamos fazer a Normal do Baú, na seqüência, mas quando estávamos no início, começou a chover. Não era um chuvão, mas olha só as nuvens que estavam caminhando na nossa direção:
Decidimos voltar e fazer a trilha para subir o Baú pela escadaria. Ao todo, três horas de um trajeto não tão amigável. Quase morri de cansaço. Aliás, muita gentileza chamar aquilo de escada. Eu diria que é um rascunho muito pretensioso, que até engana um pouco no começo.
Quando a coisa começa a ficar preta, molhada, fininha e espaçada, você já está no meio do caminho, o marido fala que já estamos chegando e não há outro remédio senão prosseguir. O visual é demais, mas durante o trajeto, não dá pra prestar muita atenção na paisagem. A descida é ainda mais difícil, pois você tem menos controle... desci completamente adrenada.
Mas, quando se chega no topo, olha só a recompensa! Tem muitas coisas na vida que não dá pra colocar em palavras. Pra isso é que inventaram a fotografia. Então, imagina que você é eu e que está (exausta, mas em pé) no cume do Baú, com o vento no rosto e o sol na pele, desfrutando deste visual:
Quer mais? Então imagina que o amor da sua vida está lá junto de você, pra eternizar esse momento único, então, o quadro fica simplesmente perfeito.
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