29 dezembro, 2009

Pedra do Elefante

Natal... e como chove! A gente fica de olho no canal do tempo, nada é muito promissor, mas a gente arrisca assim mesmo. Saímos de casa rumo a Andradas dia 26 pela manhã. O objetivo era o Pantano, mas o aguaceiro que nos acordou, mudou os nossos planos e decidimos ir para o Elefante. E lá fomos nós, apesar do céu tentar por todos os cinzas nos desanimar:

Nossa fé foi recompensada, pois o tempo foi abrindo e dali a pouco estava o maior sol. Confesso que a caminhada me fez preferir as nuvens da foto de cima.

A trilha é muito bonita, é uma caminhadinha mais ou menos, que em alguns trechos requer um pouco de resistência, mas o visual é compensador. Parei uma porção de vezes para tirar fotos e desfrutar das belezas naturais (e, é claro, retomar o fôlego para o próximo trecho). Rolou até uma paradinha rápida para um refresco no meio do caminho. O lugar é realmente muito bonito, cheio de surpresas a cada esquina (e como tem esquina!)

Meu marido queria ir para a cabeça do Elefante (via Nimbus), mas como não estamos muito familiarizados com aquelas plagas, pegamos outra trilha e fomos parar na tromba. Pequeno equívoco anatômico, porém, aventura garantida.

Depois de estudar bastante a pedra, decidimos subir o que viemos a saber depois ser a via Isc Mongoose. A pedra estava excelente, com muita aderência, a via nem era difícil. Mas, alguns fatores atrapalharam um pouco o passeio.

Primeiro, estava bem complicado para encontrar as proteções da via. Entre o chão e a primeira parada, tinha uma só. Até aí, tudo bem. Mas até a segunda parada, nada de proteção, e depois disso, não havia mais nada que fosse visível. Não tínhamos o croqui (ele teria ajudado um monte), então, decidimos descer depois da segunda cordada: eu de rapel, o Nato desescalando (o que não me pareceu muito fácil). E foi bem em tempo, pois, assim que descemos, caiu a chuva.

Outros percalços (coisas de escaladora de primeira cordada): tive que subir de mochila, porque não sabíamos se íamos descer no mesmo local. Só que estávamos apenas com a mochila do Renato, e ela é grande para mim. Não é nada legal, seu corpo perde a estabilidade, atrapalha um pouco. Outro problema foi que estava estreando um calçado novo para caminhada com uma meia não apropriada. Resultado: ganhei uma bolha no calcanhar que reclamou bastante na hora de por a sapatilha. Próximo aquisição: um (bom) par de meias.

Mas, escalando e aprendendo. No fim do dia, a matemática revelou uma ótima soma. E olha só o visual! Nunca vou me cansar de admirar a intensidade da beleza vista lá de cima. Nuances de cores, detalhes que a gente só nota depois da conquista. Sutilezas que nenhum outro esporte nos revela. É apaixonante!

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