09 agosto, 2009

Andradas


Aproveitando a trégua das constantes chuvas de inverno desse ano, e fato de meu braço estar melhor, fomos escalar. Dessa vez fomos, eu, Gui, Carlão (que voltou recentemente da Bolívia), Buda e o Samunca para Andradas, mais especificamente para a pedra do Pantano (isso mesmo sem acento, como constas na maioria das placas do local).


O dia estava simplesmente perfeito, não muito quente, sol aberto, pouco vento, céu sem nuvens, altamente convidativo para uma escalada.

Chegamos pouco antes do meio dia, subimos o pasto, em uma caminhada que é ótima para aquecer antes da escalada, mas que realmente tira o fôlego se você não estiver bem fisicamente, ainda mais se estiver carregado com corda, água, ferragens e afins.



Vencido o morro, fomos a pedra , Samuca e Carlão fecharam uma dupla, e foram mandar a “Mugido da Vaca Louca” (4º 5º Sup), quase toda em móvel, uma escalada bem didática no que diz respeito a colocação de peças moveis, e bastante tranqüila, com o crux da segunda enfiada bastante venenoso, já que apesar de ser ter um grau relativamente baixo (5º Sup), a última proteção (movél) fica bem para baixo mexendo bastante com a cabeça.


Bem, ficamos eu o Buda e o Gui, e resolvemos mandar umas vias logo ao lado da via que o Carlos e Samuca estavam mandando, “Urubu na nóia” e “Mundo invisível”, ambas de 4º grau, mas bastante exigente em relação ao equilíbrio, pois são vias de aderência, sinceramente nunca me senti muito à confortável nesse tipo de escalada, para mim sempre parece mais difícil que realmente são essas escaladas..


Gui mandando “Urubu na Nóia”


Devidamente aclimatado, aquecido e mais confiante, resolvi montar um top na primeira enfiada “Mugido da Vaca Louca, para o Gui e o Buda, Foi de boa, na verdade só um pouco cansativo ficar travado muito tempo posicionando corretamente as peças, mas sem grandes problemas.



Reparem no Gui no final da “Mugido”


Gui e Buda mandaram a via sem problemas, então resolvi, investir nas outras duas enfiadas, e testar minha cabeça no crux, que como já diz é um tanto quanto venenoso. Para agilizar, já que estava montado o Top, resolvi emendar a 1º e 2º enfiada, e mandar os quase 60 metros de uma vez. Foi de boa, montei a parada e armei a segurança para Gui, que subiria levando a outra corda para o Buda. Mas infelizmente o peso extra da corda, fez com que o Gui desistisse da empreitada, voltando a base e trocando de lugar com o Buda, que subiu de boa. Mas para o Gui era já final de escalada, pois estava bastante cansado e na tentativa seguinte, reclamou de dores nas pernas.


Descemos e fomos para o setor Noroeste, onde estão as vias mais esportivas, mas chegando lá descobri que já estava cansado e que minha coragem já havia se exaurido, tentei entrar na “Metamosfose” 7b mas desisti logo de cara.


Eu na “Metamorfose”, prestes a amarelar


Já estávamos no final da tarde, tomamos o rumo de casa, aproveitando o lindo por do sol



Repare na cor da pedra com a sol poente, simplesmente linda.



Essa ai dispensa comentários

Braços



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