De férias no Cipó

Pois é... como meu marido já falou no post anterior, continuamos as nossas férias, agora no Cipó, apenas eu e ele, luxo ao qual não nos lançávamos desde muito tempo. Acho que viagem a dois, mais de dois dias, só na lua-de-mel, mesmo. Agora, com a molecada mais crescida, já dá pra gente se curtir um pouco mais. E foi muito, muito bom!

Chegamos na quinta-feira, direto pro Sítio do Rod, onde encontramos Leandrinho e Pablo arrumando o arraiá pra Festa Junina. Fomos pro setor das grutas, onde escalamos um tanto. Não rendeu muita coisa, pois tínhamos viajado durante toda a madrugada e estávamos meio cansados.

De lá, rumamos pro Abrigo Cipó, onde ficamos hospedados. Uma vez instalados, de banho tomado, fomos bater um rango na cidade e dormir cedo pra repor as energias e aproveitar bem o dia seguinte.

Na sexta, fomos pro G3, que eu só conhecia de um passeio noturno. O Renato me levou pra escalar a Melzinho, uma vez que lá no G3 é tudo forte e a Melzinho é das poucas brincadeiras nas quais consigo entrar e me divertir um pouco.

Patricia na Melzinho (alguma coisa eu tinha que mandar!)

Aproveitamos pra mandar a Mister X, ali do lado (bom, ele mandou: eu dei umas boas roubadas pra chegar lá em cima).

Anfiteatro

Depois, fomos pro anfiteatro, onde ele mandou a Johnny Quest. Eu fui também, mas, daquele jeito... Um dia eu tenho certeza que vou até passear nessas vias, mas, por ora, foi só pra conhecer e ter uma boa idéia do que me aguarda e de quanto treino eu ainda preciso pra chegar lá. Foi divertido.

No sábado, aproveitamos pra descansar e fazer um passeio mais light. Fomos até Santana do Riacho, conhecer a Lapinha da Serra, que nos disseram ser um passeio imperdível.

Não vimos muita coisa, pois chegamos meio tarde e os lugares mais legais, segundo nos informaram, estão há pelo menos duas horas de caminhada - vai ficar pra outra vez.

Mas o lugar é realmente muito lindo. Demos um tempo numa cachoeirinha logo ali ao lado do lago. Aquele solzinho, o barulhinho d'água... que delícia!

Renato, na Sem Compromisso, 7a

No domingo, voltamos ao G3. Fiquei feliz da vida ao achar no croqui um quarto grau! Oba! Vou guiar no Cipó, pensei - uhu! Ledo engano, penei que nem louca pra mandar aquela via, que quarto grau é aquele?! Aderência no calcário ninguém merece! Via Dagem foi me iludir daquela maneira - magoei!

Mas, a rendenção veio logo em seguida, quando eu quase consegui mandar a Ninhos, onde meu marido passeou (que via linda!). Tenho certeza que se treinar um cadim de negativo e fortalecer os braços, da próxima vez rola uma cadena...

Depois, o Nato mandou a Sem Compromisso e fomos embora, que já tinha acabado o braço.

Na segunda, último dia de escalada, voltamos ao Rod, onde eu finalmente me diverti um bocado, pois as vias de lá são muito mais pro meu bico. Mandei quatro delas na seqüência e lavei a minha alma.

Patricia, na Já Saí

Estou muito contente de estar à vontade no quinto grau. Agora é treinar bastante pra estar em paz no sexto, meta que eu acalento atingir até o final do ano. Vamos ver.

Terça, botamos o pé na estrada, de volta pra casa, desfazer as malas pra fazer de novo, pois no final da semana estaremos viajando outra vez, agora com os filhos.

Esses cinco dias no Cipó foram show de bola. Destaque principal para nossa estadia no Abrigo Cipó. O logar é tudo de bom. Recomendo, a quem queira um ótimo lugar pra ficar, já com a certeza de que também vai se apaixonar.

Nem vou falar das acomodações, no lugarzinho aconchegante e muito bem cuidado, tudo no conforto e na qualidade, que faz a gente se sentir em casa; nem do café da manhã, aquele pãozinho de queijo delicioso e todo o resto que segura as energias pras nossas escaladas, o dia inteiro sem refeição.

O que diferencia o Abrigo Cipó são a Rafa e o Barão, que tratam o hóspede como companheiros de escalada. Nossos melhores momentos nessas férias, passamos trocando histórias, em deliciosos bate-papos no começo e no fim do dia. São pessoas que nasceram para receber e deixar à vontade qualquer peregrino, com carinho e de braços abertos. Me senti não apenas hospedada, mas acolhida.

Voltamos pra casa na certeza de termos deixado pra trás uma amizade pra vida. Com certeza, voltaremos ao Cipó e com certeza ao Abrigo.


Gente, obrigada por tudo. Adoramos conhecer vocês. Já estamos com saudades! Da próxima vez, escalaremos juntos (e o pé? já sarou?).

A gente se vê!

Patty

E as férias seguem....

... parcialmente como planejado, parcialmente pois a perna que pretendíamos fazer no Rio, teve de ser adiada, pois a pequena Alice, teve um pouco de febre por 3 noites em Ubatuba, e não ficamos muito tranqüilos em deixá-la com a madrinha, e resolvemos voltar para casa com ela, e decidir o que fazer.

Ela melhorou e no fim não era nada, deve ter sido causado pela mudança de rotina e de local, saiu de casa para a água fria da praia junto com vento e sol, e com isso desencadeou a febre.

Superado esse imprevisto, rumamos para o Cipó, antecipamos em um dia a vinda para cá, aproveitando que em Sampa só chovia e certamente não iria rolar nada de escaladas, e o fato de que o clima na serra estava estável sem previsão de chuva. Demoro.

Amanha vai rolar uma festa no sitio do Rod organizada pelo Leandro e Pablo do "Escale"


http://www.sitiodorod.escale.esp.br/

Obviamente estando por aqui vamos prestigiar

Por hora é isso, sem fotos pois esqueci o cabo da máquina para descarregar as fotos e já postar, mas logo as publicamos.

Braços

UBT Boulder 2010

Enfim, férias!

E no primeiro final de semana das férias tocamos pra Ubatuba, para conferir o UBT Boulder, evento que reúne adeptos da escalada na "pedra arredondada". Essa não é exatamente a nossa praia, mas, como o assunto é escalada, lá fomos nós.

O lugar é realmente muito lindo! Nunca tinha ido à Praia da Fortaleza. É uma praia muito bonita, cercada de muito verde. Mesmo para quem não escala, vale a pena conhecer. A praia é de águas limpas e calmas, sem muvuca de guarda-sóis e barraquinhas. A trilha até as pedras é muito gostosa. O local das pedras, show!

Renato na Bunda no Chão - V1

Chegamos na sexta, fomos dar um oi pra família que estava por lá, deixamos a baixinha curtindo a areia com as primas e rumamos pra Fortaleza. Lá, encontramos alguns companheiros de escalada com quem estamos acostumados a esbarrar e já fomos nos sentindo em casa.

O Renato, que é mais animado e não vê tempo feio em nada, já saiu mandando algumas vias, enquanto eu fiquei só estudando os movimentos da galera, uma vez que boulder é coisa completamente nova pra mim!

Patricia na Barracuda - V0

Incentivada pelo marido e pelas meninas, tentei meu primeiro V0, a Fendaval, e depois de alguns movimentos meio perdidos, acabei entendendo os moves e mandando a via. A sensação é de completa conquista! Só depois descobri que faltou a saidinha, mas, a saidinha, vou ficar devendo, por ora.

Por ser um evento, achei falta do "evento" em si. Na sexta tinha pouca gente por lá, no sábado tinha mais, mas, mesmo assim, cada grupo na sua, pouca interação. Mas muita gente escalando muito forte. Lindo de se ver!

Como sou nova nessas coisas, estava imaginando algo do tipo organizadores de plantão, camisetas, fotos... mas, pode ser que eu tenha viajado.

A galera: Paula, Dani, Larissa, Purga, Alessandro e Bruno: aquele abraço!

De forma geral, eu gostei bastante. Foi ótimo pra saber qualéqueé. E deu pra sacar que escalada em boulder é muito diferente de parede. Os moves são mais concentrados, precisos, a força que você precisa é mais explosiva, momentânea, pontual. A ausência da cadeirinha e corda (que não cabem no contexto) dá uma mexida com o psicológico pra quem ainda não está muito familiarizado com o crash pad. O contato com a pedra é mais visceral, mas você aproveita bem menos o passeio.

Alice e Renato

Falando em passeio, na segunda-feira, quando nos despedimos de Ubatuba para continuar as nossas férias, levamos a Alice pra conhecer o local. Tinha mais uns dois ou três escaladores remanescentes por lá.

Brincamos um pouquinho, apreciamos um belíssimo pôr-do-sol de cima da pedra, pra deleite da baixainha, que é apaixonada por natureza, e viemos embora pra casa, com mais um evento anual pra anotar na agenda. Com certeza, ano que vem estaremos lá, e sempre que calhar de batermos em Ubatuba, a Praia da Fortaleza será point obrigatório de parada pra gastar um pouquinho braços.

Férias!!

Diz a CLT, no seu artigo 130

Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção:

I - 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de 5 (cinco) vezes;

Depois da labuta habitual, o merecido descanso se aproxima.

Na verdade serão 20 dia de férias de verdade, (os 10 dias remanescente, como de praxe vendi, para pagar as contas das próprias férias) mas com início após o feriado do dia 9, logo vamos ter um tempinho a mais.

Decidimos por um roteiro mais ligado a escalada e montanhas, e além disso decidimos particionar as férias, para que eu e a Patricia tenhamos um tempo só para nósassim vai ficar assim:

Vamos agora no feriado do dia 09/07 para Ubatuba, participar pela primeira vez do UBT boulder, iremos com as crianças, mesmo porque dá para curtir os Boulder um pouco e a praia ao mesmo tempo.

Depois nos separamos, elas ficaram sob a guarda de tios e tias.

Segunda feira, 12/07 eu e Patricia iniciamos nossas férias de verdade (só nós dois, nem lembro quando foi a última vez que tivemos um tempo desse), vamos para o Rio, onde pretendemos passear e claro, escalar. Serão 3 noites apenas, mas pretendemos mandar a Italianos no Pão de Açúcar, e a K2 no Corcovado. Espero conseguir.

No dia 15, vamos para o Cipó, onde unindo o útil ao agradável, vamos escalar e curtir um friozinho na serra, como pretendemos dar um aspecto mais romântico a trip, vamos ficar no chalé do abrigo do Cipó. Show!

Dia 22 estaremos de volta em casa, ai já com a prole, vamos para São Bento, passar 3 dias, provavelmente sem escaladas, vamos ver. Quero, para desespero da Patricia, levar a Alice até o cume do Baú, pela escada, óbvio! Derrepente rola um dia na Divisa, malhar um ou outro projetinho por lá...quem sabe.

Para finalizar, dia 25 vamos para Itatiaia, conseguimos estadia no concorrido Abrigo Rebouças para 5 pessoas (nem acreditei quando recebi a confirmação !!!) para os dias remanescente das minhas férias, e vamos com a tropa toda para lá. Pretendo levar os meninos para o cume do
Agulhas Negras e Prateleiras, e com a família toda vamos para Pedra do Altar e quem sabe cachoeiras do Aiuruoca – não acredito que os meninos dêem conta disso tudo, vamos descobrir.

Depois dessas férias, vou precisar de uma semana, pelo menos, para me recuperar dessa correia toda.

Conforme for sendo possivél vamos postando as fotos e relatos da temporada

Braços

Fim de semana show

Ana Chata

Mais um fim-de-semana em São Bento. Como o Renato já disse, no post anterior, o tempo estava show: nem uma só nuvem no céu. O sol estava convidativo, o sábado sem vento, a temperatura amena, tudo conspirando a favor... e a pedra vazia. Tudo bem, escalamos a sós, eu meu maridão...

Ele foi me levar pra fazer a Elektra, na Ana Chata. Já tínhamos feito a Lixeiros, então, eu meio que conhecia a pedra, estava sossegada, mas ele tinha falado que a exposição da Elektra coloca os seus nervos à prova, e, por esse lado, eu fiquei um tanto apreensiva.

O começo da via é bem light, com milhares de agarras pra você escolher, mas, à medida que a gente foi subindo, eu entendi o que ele quis dizer. Ela é realmente bem mais exposta do que qualquer coisa que eu já tenha feito. Você vai subindo num zigue-zague e fica, em muitas ocasiões, com medo de pendular.

Renato na Parada dos Gaviões

Isso, aliado ao peso da mochila e o capacete batendo nela toda vez que eu ia olhar pra cima, já contribuiu pra me deixar um pouco menos sossegada. Agora, acrescente a isso uma sapata nova, um número menor que a de costume, comendo meus sensíveis dedinhos e pronto: a via ficou mais difícil do que parecia a princípio.

Meus dedinhos amassetados

De forma geral, a via é tranqüila, com muitas agarras, como eu disse, principalmente para os pés, mas no crux, uma agarrinha pra mão mais amiguinha acabou fazendo falta e meus temores acabaram se confirmando: lá se foi a Patricia, num vôo em diagonal, muito longe do chão - ui. Foi bonito: dei alguns giros e bati algumas partes do corpo, mas consegui sair ilesa. Ilesa, porém, completamente adrenada. Inda bem que só tinha mais duas cordadas curtas para o topo e o marido me ajudou bem a cumpri-las.

A parte que ele tinha dito que seria mais difícil, o tal cavalo, afinal, acabou sendo muito mais simples do que eu imaginava, e não é assim tão assustadora. Não fosse a vaca, teria sido uma escalada até bem tranqüila, mas, não fosse a vaca, eu não teria uma história a mais de aventura pra contar.

No domingo, fomos pra Pedra da Divisa, pois queríamos voltar cedo pra casa. O tempo deu uma esfriadinha, e, apesar do sol, o lugar onde a gente costuma ir é meio isento ao astro-rei, que, apesar de chargar pertinho, não consegue esquentar as coisas. A pedra estava gelada e ventava muito.


Ficamos brincando na Hellraiser. Da última vez, eu não tinha passado da primeira costura, agora consegui ir até o platozinho, graças, é claro, aos incentivos do marido, porque eu mesma não achei que conseguiria. Fiquei muito contente com a minha evolução. Quem sabe logo logo, com bastante treino, eu consigo fazer ela toda...

Depois, o Nato fez a Gripe Espanhola (na verdade, faltou um move ou dois pra terminar - mas é um 7c!) e viemos embora. Como eu disse, final de semana show. Aproveitamos bastante, escalamos um tanto e nos divertimos de monte.

Até mais!