30 junho, 2009

Rod, Lapinha, Sete Lagoas

Agora que retornei das férias, consegui um tempo livre, principalmente por conta da minha contusão no braço esquerdo (adquirido durante a viagem), que me forçou a um “repouso” muscular de alguns dias liberando uma certa parcela de tempo para me dedicar a contar como foi a viagem à Lapinha e Serra do Cipó.

Algumas fotos eu já havia disponibilizado, só para ganhar tempo agora vou contar um pouco do que foi essa viagem.

Vou dividir a viagem em duas partes, a primeira o Final de semana do feriado e a segunda parte a semana seguinte.

O resumo da ópera é o seguinte:

1) O local (Sítio do Rod, Lapinha e Serra do Cipó) são locais maravilhosos e valem a pena serem visitados, não apenas por escaladores, mas por qualquer um que tenha algum apreço pela natureza.

2) Com certeza evolui de nível, consegui mandar alguns 7a a vista e outros a prestação ou com uma vaca, e com certeza reduzi o medo de queda, graças a algumas sofridas

3) Pode-se ter muita vontade, mas deve-se respeitar o limite do corpo, caso contrário a fatura será alta, meu braço que o diga. Se tivesse me planejado melhor para uma viajem de escalada de 9 dias, e procurado me poupar mais, com certeza teria escalado mais. Para a próxima esse planejamento será melhor traçado

Parte 1

Dia 1, 10/06 (Quarta)

Saímos de casa, em Valinhos por volta das 21:00 do dia 10/06, estávamos em 5 pessoas no carro, sendo eu, Juliano, Marcela, Russo, e Fabi, e nem precisa dizer que apertado era pouco para nossa situação.





Para se ter uma idéia, viajei o tempo todo com minha barraca no colo, pois já não havia mais espaço disponível.





Dia 2, 11/06 (Quinta)


Apesar de todo o “apertamento”, tudo transcorreu como esperado, chegamos em Lagoa Santa, por volta das 5:00 da manha do dia 11/06, direto para o sítio do Rod, onde armamos as barracas ainda na penumbra da noite e tentamos dormir um pouco, para logo poder escalar.

Conseguimos apenas cochilar um pouco para quebrar o sono, que já afetava a todos nós, pois as 8:00 da manha o Sol já brilhava forte. Como não era possível dormir fomos escalar.


Para quem não sabe, o sítio do Rod conta com várias falésias e com muitas vias de escalada que vão de 5º até 9º grau, com direito a negativas de agarrões e muitos regletes, diversão garantida para todos os gostos.




Para mim, que foi a primeira vez que escalo no calcário, confesso que estranhei muito, principalmente por conta da pouca aderência dos pés, algo que para quem está acostumado com a abravasidade do sólido granito encontrado em São Paulo faz-se estranhar muito. A conclusão é que tomei algumas vacas, principalmente por conta de “perder” os pés, o que até contribuiu para combater o meu medo de cair.



Repare na raiz dessa árvore o caminlho que ela percorre para chegar ao solo.



Dia 3 12/06 (Sexta)


Acordei acometido por dezenas de mordidas de carrapatos, muitas mesmo, o sítio do Rod têm infestações de carrapatos, que me atormentaram o restante da viajem, tive uma grande reação alérgica, algo que não me ocorria há mais de 10 anos, com direito a febre alta me obrigando a apelar para os anti histamínicos e muitos banhos de scabin.






Nesse dia fomos conhecer a Lapinha, mas como o parque segue fechado para visitação, tivemos que entrar pela “porta dos fundos”, para poder conhecer esse maravilhoso local.




O local em si é bárbaro, diversos setores cobertos com uma mata exuberante e com trilhas e acessos lindos, e uma diversidade fabulosa de vias e paredes.


Mais uma vez mandei tudo o que dava para mandar, arrisquei até entrar em um 7a, que mandei depois de tomar uma vaca, depois de uma agarra quebrar, acho que agora a via subiu de grau.


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Dia 4 13/06 (Sábado)


Acordei muito mal, devido às inflamações e pústulas causadas pelas dezenas de picadas, isso me deixou realmente mal, febre e dor no corpo todo... Isso fez com que esse dia eu me dedica-se mais a fotografar do que escalar. Mas mesmo assim mandei algumas vias.


Nesse dia comecei a sentir algumas fisgadas no braço esquerdo, nada insuportável, mas já começando a incomodar.


Ficamos no Rod mesmo, o pessoal estava na fúria de encarar alguns projetos inacabados da quinta-feira e muitos deles conseguiram, como esse dia seria o último para o Regis, Fernanda, Dani e Bruno iriam retornar para Sampa, que iriam retornar para casa antes do fim do final de semana, eles se dedicaram ao máximo nesse dia.




Para encerrar o dia rolou um churrasco na casa so Xandão





Dia 5 (14/06 Domingo)


Último dia para o Russo e Fabi que iriam retornar para Campinas de ônibus partindo de BH, já eu Juliano e Marcela, permaneceríamos até a final da semana.

Logo decidimos ir para Sete Lagoas, local que fica próximo a BH, onde há muitas falésias e conseqüente muitas e muita vias de escalada.






Escolhemos um setor para passar o dia, por todos estávamos muito cansados e fomos mandando as vias, cada um no seu ritmo. Eu particularmente comecei a sentir fortes dores no braço esquerdo, uma dor que, mesmo depois de parar de escalar, ficava incomodando por pelo menos uns 30 minutos. Mesmo assim, seguia investindo em algumas vias para poder aproveitar o que o local proporcionava.




Lá perto do setor onde estávamos, há o famoso 11c, “A dor é o poder”, que é hoje a via mais forte do Brasil. Realmente a via é muito bonita e forte, para poucos...


Em breve a segunda parte dessa rock trip



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