28 outubro, 2009

O quadrinho diz tudo ...

Quem nunca se aproveitou da ignorância alheia a respeito da escalada e deu uma “puxadinha” em alguma foto bacana, para colar no seu perfil e fazer uma média ...

http://xkcd.com/

26 outubro, 2009

Nasce uma escaladora

Olá! Pra quem ainda não me conhece, sou Patricia, a esposa. E também a mais nova escaladora do pedaço. Estou aqui a pedidos, como nova colaboradora deste blog, para contar um pouco sobre a minha primeira experiência na pedra, ou seja, o "batismo" que me introduziu ao lado aventureiro da vida. Vamos lá.


Conheci o Renato a onze anos, no auge do período de escalada dele. Ele vivia viajando pra lá e pra cá. Quando começamos a namorar ele já estava na marcha lenta e foi parando até que estacionou. Voltou no ano passado e com a corda toda (com e sem trocadilho).


Sempre incentivei que ele voltasse a escalar. Acho que as pessoas têm que fazer aquilo que gostam. Dou sempre o maior apoio. Ele também sempre me incentiva a crescer e a experimentar. No começo do ano me deu um curso de mergulho. O melhor presente, ever! Ele vive me chamando pra ir com ele em suas viagens de escalada. Mas, o que eu vou fazer lá?, eu sempre me perguntei. Até que, finalmente, depois de mais de uma década sem nunca ter pensado a respeito, me veio a evidente resposta: escalar, ué! O Nato já me deu uma ou outra indireta, mas eu nunca levei muito a sério. Nunca me senti inclinada a esse tipo de prática esportiva. Na verdade, a nenhum. Pra deixar a confissão completa, é preciso dizer que faz anos que estou absolutamente sedentária.


Então, que faz uma “senhora”, às vésperas de seus quarenta anos, começar a subir pelas paredes? O amor, é claro. Mas também a grande necessidade de sair do sedentarismo, tendo um povo tão agitado ao meu lado – marido, filhos, amigos – eu já estava começando a me sentir meio de fora. A saúde é outro agente motivador. Ela ainda não reclamou, mas se eu continuasse no pique em que estava, não ia demorar muito. Então, decidi sair da concha e dar uma chance para a pedra. Agora é com ela me conquistar.


No sábado, o marido me deu umas dicas no murinho aqui de casa e no domingo a família foi pra Pedra Bela para prestigiar o meu debut. Achei que fosse fazer feio, mas nem paguei tanto mico assim. Ver os outros fazerem é definitivamente muito mais fácil, mas uma vez lá na pedra, a gente percebe que não é tão impossível quanto parecia. Não caí, não chorei, não pedi clemência... água eu pedi, mas tava muito quente e a boca secava rápido com o calor, o nervoso, o medo de escorregar ou de não achar agarra (ainda não caiu a ficha de que se escorregar, a corda tá lá, e o parceiro não vai te deixar cair – o seguro de vida não vale tanto assim!), além da ansiedade, do cansaço e do esforço que eu ainda não sei medir.


Foi um dia super produtivo: já sei vestir a cadeirinha, já sei fazer o nó principal, já sei fazer segurança (só o marido mesmo pra confiar assim, logo de prima). Aprender o dialeto vai levar um tempo, a técnica só mesmo com a prática. A parte fácil foi o rapel – tinha que ter uma parte fácil, né! E eu gostei muito. O Nato diz que não tem a menor graça, mas eu tô só começando e achei mesmo irado. Uma sensação de liberdade deliciosa! A melhor parte de todas? Ter o melhor professor do mundo. Posso dizer que literalmente meu marido me faz subir pelas paredes e me leva às alturas.


Resumo da ópera: começar aos quarenta é possível. Os braços estão reclamando um pouco, menos do que eu achei que fossem. As pernas também. A ginástica (que eu também estou começando) deve me ajudar nesse quesito, além de me proporcionar mais elasticidade, força e resistência, que certamente serão necessárias se eu pretendo continuar a lagartear por aí afora. Portanto, se você acha legal, mas acha que já passou da idade, tome a mim como exemplo. Eu sobrevivi, e o que é “pior”, eu gostei! E se você acha legal, e tem a metade da minha idade, vou ter que dar uma de mãe: larga mão de preguiça e começa de uma vez. Se não for pela adrenalina, que seja pela paisagem, pelo vento no rosto, pelo pessoal, pela aventura. Pára de ficar aí só olhando e junte-se a nós!


24 outubro, 2009

Cuscuzeiro 18 Outubro


Quase uma semana depois, finalmente consigo um tempinho para atualizar o blog. Vamos lá.















Domingo 18/Outubro, fomos ao cuscuzeiro, eu, Fabi, Andreas e a Jus, iríamos também com o Buda, mas devido a possibilidade de chuva, e a chuva que caiu em Sampa no começo da manha, ele bundou, e preferiu passar o dia a fazer nada ...sem comentários perdeu um ótimo domingo.


Chegamos lá havia uma galera forte de Campinas, vários dos freqüentadores do muro do GEEU estavam por lá, diria que haviam entre 15 e 20 pessoas por lá.


Primeiramente dividimos as duplas, as meninas ficaram nas na base da Mosquitos Go Home e Denorex, já eu e o Andréas fomos para a Manga com Leite, depois invertemos.



Eu na Manga com Leite



Parede cheia.


Galera nas vias mais disputadas do Cuscuzeiro, Denorex e Mosquitos go Home.


Fabi na ponta da corda e Jus na seg. na Manga com Leite


De lá, partimos para a Irish Jararaca, que a principio planejava fazer em móvel para treinar um pouco, mas acabou que não rolou. O Andréas guiou toda a via, em móvel e também protegendo nas 3 chapas adicionais que constam na via. Eu fui na seqüências, mas só de Top, tomei um baita espanco da via, não sei bem se porque minha mão é muito grande e quase que não entra na fenda, em geral conseguia apenas posicionar a primeira falange do dedo médio e a ponta do indicador em alguns pontos, fazendo a acessão muito dura. Pode ser também eu não posicionava bem no diedro, que segundo o Andréas essa deve ser a razão, bem vai ficar para a próxima tentativa averiguar essa possibilidade.




O Andréas guiou toda a via, em móvel e também protegendo nas 3 chapas adicionais que constam na via. Eu fui na seqüências, mas só de Top, tomei um baita espanco da via, não sei bem se porque minha mão é muito grande e quase que não entra na fenda, em geral conseguia apenas posicionar a primeira falange do dedo médio e a ponta do indicador em alguns pontos, fazendo a acessão muito dura. Pode ser também eu não posicionava bem no diedro, que segundo o Andréas essa deve ser a razão, bem vai ficar para a próxima tentativa averiguar essa possibilidade.


Andréas guiando a Irish Jararaca


O tempo até ameaçou dar razão ao Buda, mas não houve precipitação nenhuma, e nada de água.


Ainda bem que foi só ameaça.


Tínhamos uma rede que foi estrategicamente colocada, e estava bastante disputada.


Dura essa vida.


Aproveitando que lá estávamos, fizemos também uma via (aparentemente nova) ao lado direito da Irish, e ficamos a curtir por lá o sossego que só quem vai para o meio do mato sabe o que é.




Andreas curtindo o dia.


De lá, as meninas já estavam cansadas, e foram descer, já eu e o Andréas partimos para a saidera, fizemos a Visual. Sem dúvidas uma das vias mais bonitas de lá.

Bem é isso.



Andreas e eu no fina da via Visual


Amanha devo ir até pedra bela com a Família toda, a patroa, depois de muita insistência minha está numas de aprender a escalar, então vou aproveitar a deixa e tratar de trazê-la para o nosso lado da força. Com certeza o próximo post tratará dessa peripécia

Braços