22 dezembro, 2009

O dia que o Civicão me deixou na mão

Esse último final de semana, que antecede as festança e comilanças do natal e ano novo, conseguimos uma folga com as crianças e fomos, eu e a Patricia juntamente com o Andreas e Fabi para São Bento, tentar escalar, contando com uma folga do clima.


Para a Patricia, seria a primeira experiência “verdadeira” de escalada em montanha, pois até então ela só havia experimentado falésias e campo escola. Ela estava bastante animada.


Eis que mais ninguém acreditou que teríamos uma janela de bom tempo no final de semana, e o Baú estava vazio, éramos apenas nós 4 no sábado escalando. Se bem que o clima estava estranho e ao que pudemos ver, choveu em Campos do Jordão bem como em outros pontos próximos, pelo que conseguíamos ver de cima da pedra.


Bem depois a Patricia conta como foi, porque quero registrar aqui outro fato.

Como já disse, no sábado o clima estava razoável, e aproveitamos bem, já no Domingo, o dia estava lindo, sem nuvens no céu, dia claro e temperatura razoável.



Olha só o céu lindo, convidando a escalar.


Saímos cedo rumo ao Baú, com o roteiro pronto, eu e a Patricia iríamos para a Normal do Baú e Cresta, pois no dia anterior desistimos dessa empreitada pelo risco da chuva.

Bem durante a subida da serra, a surpresa.




Civicão velho de guerra, depois de mais de 2 anos me acompanhando nas roubadas, subindo barrancos e serras, encarando buracos e muita terra, chuva e lama... abriu o bico de vez. Deixou todo mundo na mão, no dia mais bonito e viável para escalar do mês de Dezembro :-(



Sem solução, apelamos para o seguro (que nunca havia usado e agora posso dizer vale a pena ter um), que disponibilizou um guincho e um taxi para regressarmos a Valinhos, demorou um pouco é verdade mas chegou.

Nunca havia “passeado” de guincho, como diz o ditado, sempre há uma primeira vez.



Olha eu aproveitando o que me resta e “curtindo” o passeio.


Hoje terça feira, Civicão segue na UTI, em reparos extremos, com previsão de alta para amanha a tarde ou somente na segunda feira que vêm, dependendo da extensão dos danos.


O problema foi no câmbio, que não agüentou o tranco de tanto morro que o tenho forçado a subir que quebrou de vez.


Bem quem manda ser fresco e ter câmbio automático :-) se manual fosse, menos problema teria e certamente teríamos escalado. De qualquer forma 2010 está ai e certamente mais pedra irei apreciar, já que agora tenho 2 parceiros in house para me acompanhar.


Braços



08 dezembro, 2009

Sampa, chuva e a escalada

Porque escalo ?!?

Bem, para manter minha sanidade mental em dias como hoje. Caso contrário surtaria.


http://www1.folha.uol.com.br/folha/galeria/album/p_20091208-chuva05.shtml


Mantendo certa rotina junto à natureza, ainda que em uma intensidade menor que a que eu gostaria e certa atividade física, posso levar numa boa, dias como esse. Ao contrário da grande maioria da população que a meu ver estressa muito.

Pois é, sai de casa (grande Valinhos), como de costume, as 5:50 da matina, com destino a Rodovia Anhanguera, onde pego meu fretado, que passa por lá as 6:10. Pois bem, eis que as 11:00 ainda seguia pela rodovia Anhanguera, já que Sampa está literalmente ilhada. A visão que tivemos da janela do ônibus, é para lá de tenebrosa, o rio Tietê bem como a marginal eram uma coisa só, não dava para saber onde começava o rio e onde está o asfalto. Bem na verdade até dava para saber, bastava ver os carros cobertos pela água e caminhões parcialmente cobertos.



Optamos pelo óbvio e demos meia volta. Cheguei em Valinhos as 13:00.

O comentário geral é que o problema das chuvas se resume ao aquecimento global, poluição, efeito estufa ... por mais incrível que pareça, ninguém percebe que já choveu dessa forma no passado e vai chover assim de novo no futuro, e o motivo de tanta enchente, não está relacionado ao volume de chuvas e sim a impermeabilização do solo. Hoje não há aeras de solo permeável nas grandes cidades, quanto mais o tal do desenvolvimento chega, menos terra e grama têm no chão, logo toda água que cai, como não é absorvida vai parar no rio, que tem vazão limitada.

Portando vamos nos acostumar com essas imagens, pois farão parte do nosso cotidiano. Bem pelo menos daqueles que tiram o ganha pão nas grande cidades.

Braços

02 dezembro, 2009

Um pouco de poesia e motivação

Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.

Fernando Pessoa